A infecção do coronavírus já se espalhou pelo mundo inteiro e a crise sanitária gerada por ele já tomou proporções gigantescas. Aqui no Brasil, a epidemia ainda está em seu princípio e é evidente a total incapacidade do governo em conter a dispersão da doença e a inevitável morte de diversas pessoas que venham a contrai-la.
Em São Paulo, a maior cidade do país, já se contabilizam 30 mortes por dia de pessoas com suspeitas de covid-19. O fato de ser praticamente impossível fazer o teste que detecta o coronavírus faz com que essa quantidade seja subnotificada nos números oficiais. Além disso, não se vê por parte do governo federal e nem dos estaduais nenhuma política, além de uma quarentena muito parcial, no sentido de prestar um atendimento à população, que está largada à sua própria sorte.
Mas que a coisa fosse assim no Brasil, um país atrasado e subdesenvolvido, com um sistema de saúde precário, diversas pessoas vivendo amontoadas em favelas e bairros miseráveis, já era de se esperar. O que tem sido mais sintomático é o desenvolvimento da doença nos países imperialistas, que são os mais ricos do mundo e têm um capitalismo muito melhor desenvolvido do que no resto do mundo.
Países desenvolvidos não dão conta de responder à crise
Na Itália, um dos países mais importantes da Europa, o colapso do sistema de saúde é total. Os hospitais estão lotados e não há médicos suficientes, nem equipamentos de segurança para os profissionais da área. A ponto de eles terem aceitado a ajuda de Cuba, que enviou médicos para o país. O fato é que o país não consegue dar conta do problema. Ficaram famosas as cenas de pessoas tendo que conviver com cadáveres de seus parentes em casa, sem que o governo fizesse nada a respeito.
Os Estados Unidos, país mais rico do planeta, é o campeão em número de casos de infecção por coronavírus. Já ultrapassaram os mil mortos por dia e os estados de Nova Iorque e Nova Jersey, onde estão concentrados a maior parte dos infectados, já enfrentam um colapso de seu caríssimo sistema de saúde. Os EUA tiveram que aceitar doações de equipamentos de proteção da China e estão montando hospitais temporários em centros de convenções e hotéis. Toda a fortuna disponível para o principal país imperialista do mundo não mantém sua população a salvo da Covid-19.
Em muitos outros lugares, temos uma situação semelhante. Na Espanha, na Alemanha ou na França, os casos aumentam exponencialmente a cada dia sem que os sistemas de saúde geridos pelos capitalistas ou por um governo escravo da burguesia possam oferecer resistência. Tudo isso só mostra que o atual sistema econômico é incapaz de dar conta de uma crise dessas proporções.
Um sistema de saúde cuja lógica é o lucro não vai atender as pessoas que realmente precisam dele nesse momento, que são as mais pobres e mais vulneráveis ao vírus. Uma economia controlada pela burguesia jamais irá concentrar seus esforços em atender à população. Não é do interesse dos capitalistas que sejam distribuídas gratuitamente máscaras e álcool gel ou que se estatize todos os hospitais e disponibilize atendimento para todos gratuitamente. O que o capitalismo fará é o que fez o governo dos EUA: injetar 1,9 trilhão de dólares no sistema financeiro enquanto o povo morre em suas casas por não ter dinheiro o suficiente para ser atendido em um hospital.
Apenas uma economia planificada sob o controle do povo tem condições de acatar aos interesses e necessidades dos trabalhadores, o capitalismo demonstra mais uma vez que não tem condições de auxiliar no progresso da humanidade. Suas forças produtivas já se esgotaram há muito tempo, só o socialismo pode dar em abundância os recursos à área de saúde e a todas as áreas para o desenvolvimento integral da humanidade.
