O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, do PSDB, está conseguindo ampliar a destruição que os tucanos antes dele iniciaram. Dessa vez é a árvore mais antiga da cidade que está ameaçada.
No dia 11, a grade e a mureta que protegiam a Figueira das Lágrimas foi derrubada. Cinicamente a alegação da prefeitura é que se trata do início da obra que pretende reformar o complexo histórico, no Ipiranga.
A Figueira das Lágrimas tem mais de 200 anos e conta a história que Dom Pedro teria descansado nela em 1822, quando declarou a Independência do Brasil, nas margens do Rio Ipiranga.
A mureta derrubada a mando de Covas foi construída em 1920, justamente para proteger a árvore. Funcionava como que um vaso de plantas, sem ela a árvore pode não sobreviver, perdendo, por exemplo, a fixação no solo.
Esse é só um exemplo do descaso da direita com o patrimônio e a história nacional. Só em São Paulo onde o PSDB impõe uma verdadeira ditadura para se manter no poder há anos, o próprio Museu do Ipiranga está fechado há anos a pretexto da tal revitalização.
Isso está acontecendo com o resto do país após o golpe de Estado. Bolsonaro, depois de toda campanha contra a Cultura, de ter acabado com o Museu Nacional, no Rio de Janeiro literalmente ardeu em chamas. A experiência não é nova. Em 2015, o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo também pegou fogo. Os dois casos são resultado do descaso, falta de investimento, cuidado e apoio para a manutenção do patrimônio brasileiro.
Se eles agem assim do ponto de vista da economia nacional, porque seria diferente na cultura? Eles desprezam o próprio país e sua cultura.