A pandemia colocou com mais intensidade a crise capitalista. Com essa situação, a burguesia é forçada a impor uma política genocida contra a população que foi no início a reabertura do comércio e, neste período, a reabertura das escolas e universidades.
Na cidade mais importante do país, o prefeito de São Paulo, Covas, autorizou a retomada das aulas do ensino superior na cidade a partir do dia 7 de outubro. Trata-se de uma ação criminosa sem precedentes que está em conjunto com toda a ordem dos imperialistas no Brasil para que seja reaberto aulas nas universidades e escolas.
Isso ocorre porque mesmo com a reabertura do comércio, a crise ainda perpetua de tal maneira que a burguesia está totalmente desesperada para salvar seus lucros, principalmente encabeçada pelos banqueiros. Com a volta às aulas, estimula-se a economia de vários setores que englobam a educação, como transporte, alimentação e outros setores.
Essa política evidencia o quanto que a burguesia está disposta a impor contra a população, pois mesmo em pandemia ela só entende uma única linguagem, o lucro, e com isso ela não se importa em nenhum grau as terríveis consequências desta medida.
Tendo em vista que por se tratar de uma doença muito contagiosa, voltar as aulas presenciais nas universidades vai ser uma explosão de contágio sem precedentes. Ainda mais na falta de estrutura que se tem no país por não dar nenhuma condição digna para as áreas essenciais na economia, como supermercados em que ocorre diversas denúncias dos trabalhadores que não recebem nenhuma orientação digna. Até mesmo na saúde, tem denúncias de falta de EPIs adequados para médicos e enfermeiros. O que dirá então nas universidades?
Isso tudo fica claro que os capitalistas querem diminuir todo custo possível para compensar o lucro perdido devido a pandemia, a custo de centenas de milhares de vida. Com a reabertura das universidades e nas escolas, não é exagero afirmar que isso chegará na casa de milhões.
Por isso, é importante ter isso em mente que a burguesia não estará disposta a ter qualquer concessão neste sentido, ainda mais no golpe de Estado em que estamos vivendo. Logo, é necessário intensificar uma campanha de greve geral em todas as universidades no país.
A Aliança da Juventude Revolucionária, juventude do PCO, vem articulando greves por meio de formações de Comitês de Estudantis em Luta, com política clara contra a reabertura das universidades, em torno da palavra de ordem do Fora Bolsonaro e todos os golpistas.
Somente na mobilização popular, organizando a juventude, ao qual é um setor da sociedade muito importante para impulsionar outros setores, vide as manifestações estudantis no Brasil na Ditadura Militar e até mesmo recente no Chile, poderá enfrentar com eficiência essa ação criminosa dos capitalistas.