Economia

Cota do açucar aos EUA vai quebrar etanol brasileiro

A renovação da isenção de tarifas para a entrada de 200 mil litros de etanol americano no Brasil significa um avanço dos Estados Unidos sobre o mercado nacional.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou, em sua conta do Twitter (21), que os Estados Unidos aumentarão em 80 mil toneladas a compra do etanol brasileiro. Em foto com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, Bolsonaro celebrou o aumento da cota como uma vitória de seu alinhamento com a política externa americana.

Os Estados Unidos cortaram 80% das importações do aço brasileiro semanas atrás. Além disso, o Brasil renovou a isenção de tarifas para a entrada de 200 mil litros de etanol americano no mercado interno. Isso significa um avanço dos americanos sobre o mercado brasileiro. Assim sendo, não há o que comemorar, pois o próprio setor sucroalcooleiro disse que trata-se de um “enorme sacrifício”.

As concessões de Jair Bolsonaro para os Estados Unidos ocorrem no contexto do processo eleitoral que ocorre neste último. É uma maneira de Bolsonaro tentar contribuir com a reeleição de seu aliado Donald Trump (Partido Republicano), que tem entre os operários da siderurgia e os fazendeiros de milho uma porção de sua base social eleitoral.

Diversos setores criticaram as medidas do governo Bolsonaro, por considerarem uma atitude de subserviência em relação aos interesses dos Estados Unidos.  A visita de Mike Pompeo à Roraima levantou suspeitas de que o Brasil esteja se preparando para cumprir algum papel em uma possível ofensiva militar americana contra a Venezuela. Donald Trump subiu o tom em seu discurso contra os países que são considerados inimigos dos EUA.

A isenção de tarifas para o etanol americano, em nenhum sentido, representa uma conquista para o Brasil nas relações com os EUA. Pelo contrário, os americanos conseguem avançar sobre um setor muito importante do mercado interno brasileiro, o setor de combustíveis.
A propaganda mentirosa que Bolsonaro fez da medida demonstra o grau de servilismo do governo federal aos interesses de uma potência estrangeira. Voltou-se à velha política “do que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil”.

Um dos principais objetivos do golpe de Estado de 2016, que se materializou no impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff (PT), é o realinhamento da política externa brasileira aos interesses políticos e econômicos do imperialismo, em particular dos americanos. Com a fraude eleitoral de 2018 e a chegada de Bolsonaro à presidência da República, isto tornou-se ainda mais evidente. O governo golpista não hesita em destruir setores da economia nacional para favorecer os Estados Unidos, inclusive para contribuir com o seu processo eleitoral.

 

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