O governo Bolsonaro e seus ministros obscurantistas das pastas da Educação e Ciência e Tecnologia promoveram a extinção de 6 mil bolsas de pós-graduação (mestrado e doutorado) neste mês de março. Isto em meio à crise econômica capitalista e à catástrofe social da epidemia do coronavírus.
O Ofício Circular nº 6/2020, distribuída aos reitores e pró-reitores, afirma que a extinção ocorreu em virtude de um suposto “erro” no sistema operacional da gestão das bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Contudo, desde que o governo fascista de Jair Bolsonaro assumiu o controle do Estado após a fraude eleitoral em 2018, as principais medidas tomadas foram de cortes significativos nos orçamentos das universidades públicas, perseguição política a professores e estudantes, cortes nas verbas para os programas de pesquisa, corte generalizado na concessão de bolsas de estudo e tentativas diretas de acabar com a autonomia universitária.
Este último corte de bolsas ocorre no momento onde se faz urgente a pesquisa sobre o coronavírus e seus impactos sociais. Milhares de estudantes perderam suas bolsas de estudo, o que inviabiliza a continuidade de suas pesquisas. Mesmo linhas de pesquisa sobre o coronavírus foram extintas.
As medidas tomadas pelo governo esclarecem que não há qualquer preocupação real em relação ao enfrentamento à crise econômica e ao problema do coronavírus. Bolsonaro e o bloco político golpista no Congresso Nacional – MDB, PSDB, DEM, Republicanos, Progressistas – querem que a população conte com a sorte, uma vez que não estão dispostos a implementar qualquer política que signifique a retirada de recursos dos bancos e dos grandes capitalistas para atender as necessidades do povo.
A crise do coronavírus abriu uma oportunidade para o governo avançar nos ataques às universidades.