A violência no campo nestes primeiros sete meses de governo Bolsonaro está aumentando de maneira exponencial e levando a uma guerra civil em que os trabalhadores estão sendo massacrados.
Essa violência está sendo impulsionada pelas medidas tomadas pelo governo golpista que está levando a uma situação de miséria e deixando as famílias a mercê dos latifundiários e pistoleiros.
Uma das primeiras medidas tomadas foi da ministra da agricultura, a musa do veneno, Tereza Cistina (DEM-MS), onde acabou com o termo “agricultura familiar”, pois segundo os golpistas trata-se de uma declaração demagógica. Essa mudança foi fundamental para extinguir os recursos e investimentos para a Agricultura Familiar.
Em maio, os golpistas suspenderam os repasses do BNDES para investimentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), principal recursos dos agricultores familiares e oriundos da reforma agrária. O mesmo ocorreu com o Banco do Brasil, principal banco de financiamento da agricultura familiar, e redução de quase 1/3 dos 30 bilhões destinados a esse tipo de agricultura.
Os recursos de assistência técnica para pequenos agricultores foram completamente cortados, sendo os recursos para agricultura familiar (R$ 8 milhões) e para a reforma agrária (R$ 19,7 milhões).
Os recursos para investimentos em assentamentos reduziram R$ 597 milhões, um número quase que irrisório comparado para os anos anteriores que chegaram a marca de quase dois bilhões de reais.
Todos esses cortes são para enfraquecer os trabalhadores do campo e levando-os para uma situação de miséria e enfraquecimento da luta. É uma medida pensada para desmoralizar os assentados e as áreas da reforma agrária, fortalecendo a campanha da direita e dos latifundiários. Esse fortalecimento da direita no campo serve para criar condições de ataques e massacres contra os sem-terra, e a maior prova disso é o aumento da violência do campo.