Na última quarta-feira, militantes do PCO e da corrente Ecetistas em Luta estiveram na frente do Complexo do Jaguaré, maior setor dos Correios do País, para distribuir panfletos e jornais chamando os trabalhadores a pararem as atividades imediatamente.
Os Correios é um dos ramos de atividade que continuam trabalhando normalmente em meio à pandemia e à quarentena. Mesmo não sendo uma atividade essencial, os serviços continuam e a empresa se recusa a parar o trabalho e a fornecer equipamentos de segurança adequados para aqueles que precisam continuar trabalhando.
Na última sexta-feira, dia 10, morreram dois trabalhadores com coronavírus e a informação é a de que são quase 100 casos oficiais da doença entre funcionários da empresa. Um dos trabalhadores vítimas do coronavírus era lotado no prédio do Jaguaré o outro era trabalhador em Manaus.
Só assim, a direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) decidiu liberar a distribuição de máscaras para os trabalhadores. Durante a panfletagem em frente ao Complexo do Jaguaré, os trabalhadores aguardavam com ceticismo a chegada das máscaras, prevista para esta sexta-feira.
Muitos companheiros denunciaram a presença de trabalhadores doentes nos setores e a falta de equipamentos de segurança.
Os setor de trabalho onde era lotado o trabalhador que faleceu continua funcionando normalmente, mesmo com o risco de outros infectados. Dentro de um único setor podem trabalhar, num galpão fechado, com circulação de dezenas de milhares de encomendas e correspondências empoeiradas, quase 100, às vezes mais funcionários num único turno. Mesmo assim, os turnos continuam funcionando.
Somente no prédio do Jagauaré trabalham cerca de 3 mil fucionários. Apenas o setor adminstrativo foi dispensado.
É preciso parar imediatamente a categoria. Os sindicalistas dos Correios, que estão de quarentena enquanto a base trabalha e se arrisca nos setores, precisa se mexer, mobilizar a categoria e parar, ou os trabalhadores precisam tomar a iniciativa e parar coletivamente em todo o País.