Dados oficiais da Pandemia do coronavírus no Equador, informam que até o dia 08 de abril, foram registrados 4.450 casos no pais, sendo que 3047 na província de Guayas, onde está localizada a capital Guayaquil. A capital do Equador lidera neste momento a incidência per capita de contaminados no mundo, porém o ministério da saúde informou até o momento 242 mortes em todo o país.
Os relatos vindos dos Equador no entanto não condizem com os dados oficiais. As próprias autoridades sanitárias declaram ter recebido até o começo dessa semana, ligações que totalizam 7 mil corpos para serem buscados dentro de casa. As empresas funerárias não conseguem atender a demanda por serviços funerários, e o que se vê são corpos e caixões em calçadas à espera de recolhimento. Nas últimas semanas, imagens chocantes também são vistas na cidade equatoriana de Guayaquil. Dali, circulam diversos vídeos e testemunhos sobre pessoas morrendo nas ruas e corpos esperando dias para serem coletados em casa. A situação calamitosa é confirmada pelo anuncio da construção pela prefeitura de dois cemitérios municipais com capacidade de 12 mil corpos por causa do vírus.
As autoridades locais entram em conflito diante a epidemia denunciando a fragilidade do sistema. A prefeita de Guayaquil, Cyntia Viteri, reclamou da conduta das autoridades nacionais e relatou as deficiências do sistema público do país.
“Eles não tiram os mortos de suas casas. Eles os deixam nas calçadas, caem na frente de hospitais. Ninguém quer buscá-los. E os nossos pacientes? Famílias perambulam por toda a cidade, batendo nas portas para um hospital público recebê-los, mas não há mais leitos”.
O que se vê no Equador é o resultado da desastrosa administração de Lenin Moreno, que levado ao governo com o apoio da esquerda, instalou no pais o caos social em decorrência das medidas neoliberais que abandonam o povo à própria sorte e privilegiam os compromissos financeiros com o FMI e o imperialismo Mundial. Mesmo diante a certeza de que o país seria atingido pela pandemia, nenhuma medida de preparação para o cuidado e acolhimento dos doentes foi tomada.
Logo no início de seu governo, Lenin Moreno, traindo seu apoiador , o ex-presidente Rafael Correa e o grupo politico que o elegeu, iniciou um ataque às instituições públicas , desmontando todos os programas sociais implementados pelo seu antecessor .
Em um país pobre como o Equador, onde 17% da população vive em extrema pobreza, isto foi a sentença de morte de seu povo. O abandono dos mortos na rua demonstra o fracasso da política Neoliberal não são no Equador como no mundo. Uma política que nem diante da tragédia humana é capaz de responder às necessidades iminentes, haja visto o descaso com a saúde pública mesmo em países ricos como Itália e EUAA. No Equador assim como nos demais países, o povo morre dentro de casa devido à ausência de leitos hospitalares.
Neste momento, a estratégia da subnotificação é a prática comum dos governos Neoliberais para esconder da população mundial o que já é evidente no Equador: a total incapacidade do capitalismo em arcar com as consequências de anos de abandono dos serviços públicos de saúde e sanitários e os cuidados mínimos para com o seu povo.