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Burguesia italiana desesperada

Coronavírus obriga Itália a fechar escolas em meio a crises internas

Métodos antidemocráticos mostram a decadência capitalista

A Itália determinou nesta quarta-feira (4) que as escolas e universidades do país ficarão fechadas a partir de quinta (5) até 15 de março.O país país tem 3.089 casos confirmados da doença e 107 mortes, e esta medida, para além de uma tentativa desesperada de conter o novo coronavírus, demonstra o nível de crise avançada nos países capitalistas do velho continente.

O surto mundial do vírus já fez com que países como Israel, Japão, Alemanha, Estados Unidos, França e Coreia do Sul também fechassem escolas temporariamente ou suspendessem aulas na tentativa de combate à doença. Porém, a crise econômica e política na Itália é tão grande que os problemas com o coronavírus estão aprofundando-as e levando o país a adotar medidas como fechar escolas e universidades. Uma coisa impensável para um país imperialista e que explicita mais uma vez o tamanho da crise mundial (Ver “Coronavirus ‘some’ com US$ 6 tri do mercado mundial”, matéria publicada 29/02 no DCO).

O fechamento das instituições de educação são apenas um ponto desta crise que abala a Itália. Um rascunho de um decreto governamental prevê a proibição de eventos públicos em todo o país, para tentar conter o avanço do novo vírus, no território que exportou a doença para diversos países do mundo. A medida inclui o fechamento de cinemas, teatros e também pede aos italianos que evitem abraçar ou apertar as mãos para cumprimentos.

O texto ordena: “a suspensão de eventos de qualquer natureza que envolvam a concentração de pessoas e que não permitam que uma distância de segurança de pelo menos um metro seja respeitada”, segundo a Reuters.

O país, que se localiza no centro-sul da Europa, já havia fechado escolas e colocado 11 cidades em quarentena nas regiões de Emília-Romanha, Friul-Veneza Júlia, Lombardia, Veneto e Piedmont, todas no norte do país. Frente a isso, o país decidiu injetar 3,6 bilhões de euros na economia para aliviar os impactos do coronavírus.

Após essas notícias de aumento da crise econômica nos maiores países capitalistas do mundo, como a população vai acreditar em propagandas oficiais que defendem a utilização de álcool gel, água e sabão, para combater o vírus? Se os países que exploram todas as nações do mundo, contendo tecnologia de ponta, estão completamente desesperados, não seria um sinal claro de que este regime mundial não se importa com a situação de saúde da classe trabalhadora?

No Brasil, o desmonte da Saúde já é visível e o agravamento de uma epidemia pode acelerar o caos. Dória, que derrubou um prédio na cabeça dos moradores, alertou: “Não precisamos mudar a rotina em escolas e empresas. Vamos reforçar as regras básicas de prevenção, como o uso de álcool gel ou água e sabão e seguir as recomendações da Secretaria de Saúde”. Quem pode crer nisso?

Leia também: Coronavírus: os métodos antidemocráticos e a decadência capitalista 

Uma epidemia dessa gravidade, deveria ter sido tratada com muito mais seriedade, e os governos deveriam ter gasto juntos muito mais do que se propuseram. Porém, as organizações mundiais, controladas por banqueiros, empresários sangue-sugas, e políticos fascistas, alegaram que não era nada demais, “preocupados” em não gerar pânico pelo planeta, acarretaram mortes e caos.

É óbvio que os capitalistas não querem gastar o dinheiro que roubaram durante séculos da classe trabalhadora, com a saúde desta mesma classe. Porém, a ameaça cresceu tanto, que a instabilidade se instaurou nos países que se gabam de terem ótimas clínicas e hospitais privados, e agora são obrigados a desembolsar bilhões e bilhões.

E mais além, esta epidemia mundial mostra como a ideologia capitalista está falida, caindo aos pedaços. Não se pode individualmente pagar um plano de saúde que cubra tal catástrofe mundial. Também não se pode tratar de forma individual, neoliberal, de situações em que envolvem toda sociedade, pois afetam todo o organismo vivo. O capitalismo não consegue mais dar conta dos problemas da sociedade que ele comanda, a Itália mostra claramente isso.

Nenhum problema dos trabalhadores e de toda sociedade pode ser resolvido sob o capitalismo. A derrubada do regime, o fora Bolsonaro, a luta contra a extrema-direita na Itália, França, Espanha e todos os golpistas, é tarefa urgente. A classe operária está nas ruas por conta das condições de destruição neoliberal em vários países da Europa e América Latina.

O que virá depois? A proibição de manifestações para conter o coronavírus? A ditadura da burguesia está matando o povo!

 

 

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