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Vítima da Covid-19

Coronavírus mata Sarah Maldoror, cineasta da luta anticolonial

Morre aos 91 anos cineasta francesa afrodescendente ligada ao cinema negro pós-colonial

A cineasta francesa negra Sarah Maldoror morreu nesta segunda-feira (13), aos 91 anos de idade, por complicações associadas à Covid-19. Ela sofria de problemas cardíacos e se encontrava hospitalizada desde o dia 29 de março em Paris.

Maldoror foi uma das fundadoras, em 1956, da pioneira companhia de teatro francesa Les Griots, composta somente de atores negros e afro-caribenhos, que encenaram obras de figuras como Jean-Paul Sartre e Aimé Césaire.

Em 1961 recebeu uma bolsa para estudar cinema no Studio Gorki, sob a direcção de Mark Donskoina, cidade de Moscou, na antiga União Soviética, onde conheceu o aclamado diretor senegalês Ousmane Sembène.

Em 1966, depois de regressar da União Soviética, participa como assistente de direção no filme ítalo-argelino “A Batalha de Argel”, do cineasta italiano Gillo Pontecorvo. O filme, baseado em fatos, é um drama histórico de guerra que relata a luta do povo argelino contra a ocupação colonialista francesa no país no período 1964-1962, quando finalmente a Argélia se torna independente. Foi amplamente aclamado pela crítica mundial e recebeu o Grande Prêmio do Festival de Veneza e indicado a três Oscars, entre outros prêmios.

Sarah Maldoror foi diretora de mais de quarenta filmes, entre curtas e longas metragens,  sendo os mais destacados entre eles, dois importantes filmes sobre a luta pela independência de Angola contra a dominação portuguesa, “Monangambé” (1968) e  “Sambizanga” (1972), todos dois baseados em obras do escritor e ativista angolano José Luandino Vieira.

Monangambé refere-se ao chamado usado por ativistas anticoloniais angolanos para avisar sobre reuniões na vila. O filme foi filmado na Argélia, em três semanas, com atores amadores – militantes do Movimento de Libertação de Angola em Argel e Brazzaville – e com o actor argelino Mohamed Zinnet. Conta a história de uma mulher em busca do seu marido preso, na cidade de Luanda. O filme foi selecionado para a Quinzena do Diretor em Cannes em 1971, representando Angola, e para a primeira edição do Forum do Festival de Berlim.

Sarah Maldoror foi casada com o escritor e ativista político angolano, Mario Pinto de Andrade, fundador e primeiro presidente do Movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA).

Em entrevista no ano de 2015 declara que: “depois da luta anticolonial, filmar uma senzala não é mais filmar a senzala em si, mas captar a música das cadeias, criar uma sinfonia de correntes para representar a dor. É algo mais sublime e poético”. Em 2012 recebeu a Ordem Nacional do Mérito na França pelo conjunto de sua obra.

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