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Aumento da exploração

Coronavírus era desculpa: montadoras continuam demitindo

Montadoras atingem o melhor número na produção de veículos nos últimos 11 meses, mas seguem demitindo. Chegando a 6.300 demissões no último ano.

Nesta semana a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgou que as montadoras de veículos atingiram 236,5 mil veículos produzidos em outubro frente a 220,20 mil, o que representa uma alta de 7,4% em relação a setembro. Os dois meses registram o maior número de veículos produzidos no país desde novembro de 2019, quando foram produzidos 227,455 mil veículos.

Por outro lado, o setor acumula 6.300 demissões nos últimos 12 meses, sendo que destes 4.600 foram nos meses afetados diretamente pela pandemia. As demissões acumuladas já afetam cerca de 5% de todos os trabalhadores do setor.

Os números mostram que apesar da retomada da produção, inclusive a níveis maiores do que os meses anteriores à pandemia, as montadoras continuam lançando mão das demissões para manter seus lucros.

No mês de abril, primeiro mês das medidas de restrição de circulação e do “isolamento social”, a produção caiu a 1,8 mil veículos no mês, praticamente parou. As montadoras passaram a adotar demissões em massa, suspensão dos contratos de trabalho, redução de jornadas e de salários, férias coletivas, entre outras ferramentas que, em última instância, só prejudicam os trabalhadores.

O governo Bolsonaro, em junho, correu para socorrer as montadoras abrindo linhas de crédito especial de cerca de 40 bilhões de reais, despejando uma montanha de dinheiro para um setor que já é constantemente beneficiado com reduções de tributos, desonerações, isenções fiscais etc. Mas, nada disso foi suficiente para impedir a demissão de trabalhadores.

A retomada da produção ainda aumentou a exploração dos trabalhadores, pois segundo a direção das empresas, para atender às normas sanitárias para conter a disseminação do coronavírus, tem sido alocados menos trabalhadores nas linhas de produção. Porém, também há a alta demanda – agosto, setembro e outubro são os meses de maior produção – que fizeram com que as empresas passassem a utilizar jornadas extras, ampliar os turnos de produção e incluir os sábados. O que significa que menos trabalhadores estão trabalhando mais para produzir um resultado superior.

Na verdade, essa é a política regular dos patrões, contra os trabalhadores, e aproveitam situações adversas que, na verdade, fazem parte do risco da atividade empresarial, e descarregam todo o ônus sobre os ombros dos trabalhadores. Nestas “crises” o patrimônio dos capitalistas proprietários destes monopólios industriais seguem intactos, haja vista que tanto o poder do capital lhes possibilita aumentar a exploração dos trabalhadores, como o Estado burguês age como parceiro destes capitalistas avalizando esta intensificação da exploração.

Para os trabalhadores do setor só há um caminho, aumentar a sua organização, reabrir os sindicatos e fazê-los abandonar a política pelega de colaboração com os patrões e passar a organizar e mobilizar a categoria contra esses tubarões capitalistas.

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