Análises divulgada na última segunda-feira (04/05) e divulgadas nesta sexta-feira(12/06) por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas e Tecnologias (INCT), mostram 100% das amostras coletadas dos esgotos na capital Belo Horizonte comandada por Alexandre Kalil (PSD), que estão contaminados com o novo coronavírus. Isso por que em 2019, o estado de Minas Gerais era o estado que menos investia na infraestrutura de saneamento básico. Cerca de 50% das cidades ainda não tem nenhum projeto para solucionar esse drama nacional.
Drama este que ganha contornos macabros diante da pandemia. Na medida que a maioria da população está exposta aos detritos do esgoto sem tratamento, o que é ainda mais presente nos bairros populares, cai por terra também o mito do “fique em casa”, que mais uma vez, demonstra de maneira muito clara sua completa ineficiência diante da realidade brasileira que os setores da esquerda defensonres da medida teimam em não conhecer.
Minas Gerais continua sob uma expansão descontrolada de contágios pelo coronavírus, algo fortemente influenciado pela politica de seu governante, Romeu Zema (Novo), que se resume a privatizar todo e qualquer serviço voltado à melhoria das condições de vida da população. Diante de um vírus mortal e de uma gestão que nada oferece e ainda retira o pouco conquistado, a população segue vítima da política de terra arrasada, sem rumo, sem esperanças.
A política de terra arrasada empreendida pelos neoliberais, embora relevada pela esquerda pequeno-burguesa, é um crime contra a população, na medida em que expropria toda a riqueza, destrói a capacidade do poder público responder a emergências como a pandemia, deixando nada além de um profundo empobrecimento e fome ao amplo conjunto dos trabalhadores.
O avanço do coronavírus se dá, por que não existe um plano de contenção, a população segue exposta, contaminação em massa, e enquanto isso, Romeu Zema, cede a pressão dos capitalistas jogando o povo para morrer pelo coronavírus.
O vírus segue se espalhando por novas rotas (esgotos) sem nenhuma elaborarão e estratégias de contenção de transmissão, simplesmente escorrendo pelas ruas nos bairros populares, próximos aos setores mais explorados da população, contaminando quem menos tem acesso a serviços de higiene, de saúde e muitas vezes, sequer tem alimentação garantida.
Estima-se que cerca de 20 mil pessoas estejam contaminadas pelo coronavírus no estado, dos quais, ao menos 3.094 na capital mineira. Belo Horizonte tem também 66 das 446 vítimas fatais da pandemia em todo estado de Minas. Os números, devemos sempre lembrar, refletem apenas o que não foi possível esconder. Até nisso, a farsa do regime político revela sua natureza ameaçadora contra a população, esclarecendo também, que o genocídio é a camada visível e mais dramática de um problema mais profundo: a luta de classes.