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Epidemia

Coronavírus chega no Brasil: será Bolsonaro capaz de conter uma crise?

Organização Mundial da Saúde avisa sobre a “potencial pandemia” por coronavírus. O Brasil, com Bolsonaro e a política de cortes da saúde, não está preparado para o pior.

OMS pede ao mundo que se prepare para uma “potencial pandemia” por coronavírus. 

Mas a grande questão que fica é: Se o mundo está no vermelho e de olhos arregalados com tudo isso, e o Brasil, capitaneados por Bolsonaro e Cia? 

Aliás, ele já chegou ao Brasil. E aí? Diante da política de sucateamento da saúde, existe alguma saída para se evitar uma epidemia no País?

Os 58 brasileiros e seus familiares vindos da China que estavam em quarentena em Anápolis (Goiás) por conta da epidemia de coronavírus deixaram o isolamento porque nenhum dos repatriados do epicentro da doença, a cidade chinesa de Wuhan, foi infectado.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, assume publicamente que já temos uma epidemia do coronavírus de Wuhan ou Covid-19, também como é denominado. Ele pediu a todos que tomem providências antes que isso vire um  algo maior. Disse ele: “Temos que fazer todo o possível para nos prepararmos para uma potencial pandemia.” Michael Ryan, diretor do Programa de Emergências do organismo internacional, também se manifestou dizendo que: “Não podemos paralisar o mundo, e não é realista dizer que é possível parar a transmissão entre os países. Provavelmente haverá epidemias em vários, mas pode ser contida”, afirmou .

O cenário mudou rapidamente em poucos dias. Passou-se de uma situação em que se observava como os casos na China pareciam ser contidos e como no resto do mundo as infecções eram muito escassas a outra com surtos descontrolados na Itália, na Coreia do Norte e no Irã. As prioridades são a proteção dos profissionais de saúde, a mobilização das comunidades para ter um cuidado especial com os idosos e com as patologias [elas as quais houve mais de 80% das mortes até agora] e a proteção dos países mais vulneráveis, contendo a epidemia nos que podem fazê-lo.”

Mas o Ministério da Saúde acaba de informar nesta quarta-feira (26) que está comprovado o caso positivo de coronavírus no Brasil. Trata-se de um homem que mora em São Paulo, tem 61 anos, e veio da Itália. Esse é o primeiro caso da doença no país e em toda a América Latina.

Além dele, há outros 20 casos em investigação e 59 suspeitas já foram descartadas.

A epidemia já é mais letal que o SARS – também Chinês – que em 2003 causou um prejuízo de 40 bilhões de dólares mundialmente. Naquela época, a China representava apenas 4% do PIB mundial, contra 18% nos dias de hoje.

O surto de coronavírus na Ásia, que afetou principalmente a China, deu origem à suspensão da produção de celulares na fábrica da LG em Taubaté (SP). Devido aos componentes usados no processo terem origem chinesa, e as fabricantes não estarem funcionando devido à epidemia da doença, a produção no interior paulista será suspensa em março.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a fabricante sul-coreana protocolou na segunda-feira (17) passada, férias coletivas de dez dias, a partir de 2 de março. A medida vale somente para funcionários da linha de produção de celulares. O motivo alegado, segundo a entidade, é a falta de material em função do coronavírus.

Procurada pela reportagem, a LG informou que “considera um risco potencial de parada na produção, no mês de março, em sua unidade fabril de celulares, localizada em Taubaté”. A empresa informou ainda que monitora a situação com o objetivo de minimizar os impactos para os clientes e colaboradores.

A LG Eletronics tem cerca de mil funcionários na fábrica no Vale do Paraíba. Na unidade, são produzidos celulares e monitores.

Mais uma vez vale lembrar de Trotsky, que, em 39 já falava que a crise capitalista, que não tinha mais como controlar. A própria burguesia não encontra saída. Nos países onde foi obrigada a fazer sua última jogada com a carta do fascismo, ela caminhou de olhos fechados para a catástrofe econômica e militar, disse ele. 

Nos países historicamente privilegiados, isto é, naqueles onde ainda pode permitir-se durante algum tempo, o luxo da democracia às custas da acumulação nacional anterior (Grã-Bretanha, França, EUA, etc.), todos os partidos tradicionais do capital encontram-se numa tal situação de desagregação que, por momentos, chega à paralisia da vontade. O New Deal, apesar do caráter resoluto que ostentava no primeiro período, representou apenas uma forma particular da desagregação, possível apenas num país onde a burguesia pôde acumular riquezas sem conta. A crise atual, que ainda está longe de seu fim, já demonstrou que a política do New Deal nos EUA, assim como a política da Frente Popular na França, bem como na Espanha não oferecem qualquer saída ao impasse econômico.

O Brasil não é diferente. A ditadura, o fascismo, não resolve o problema da crise que, como já estamos vendo, não tem solução em lugar nenhum. Nós veremos, em pouco tempo, o caos tomar conta da política deste governo, que mal se sustenta no seu meio, na direita e na extrema direita, sendo a crise com a polícia prova dessa afirmação.

Vale lembrar do Chile, palco das experiências dos Chicago Boys, sob a orientação de Milton Friedman, e que não chegou a lugar algum, pelo contrário, tem um presidente neoliberal, Sebastián Piñera, com 6% de popularidade que dispensa comentários, e uma avalanche de problemas que não consegue resolver. E o povo lá já não aceita nem uma Constituinte com o Piñera.

Se com a crise já é ruim, com o coronavírus vai ser bem mais complicado. Com essa política então, pode-se esperar pelo pior.

 

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