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Genocídio em marcha

Coronavirus: A tragédia é ainda maior

Sem testes e sem interesse, dezenas de milhares morrem por doenças respiratórias sem causa identificada enquanto País passa de 190 mil mortos. Derrubar Bolsonaro é urgente!

Na última quinta-feira (24), o País ultrapassou a barreira das 190 mil vítimas fatais da pandemia. Porém, segundo levantamento realizado pela Vital Strategies -organização que atua no desenvolvimento de programas de saúde-, o número de mortos pela Covid-19 no Brasil pode ser superior a 220 mil pessoas. Para chegar a este número, os pesquisadores da organização identificaram 68.631 pacientes vítimas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que não tiveram a causa específica descoberta.

Destas, 32.923 vítimas apresentaram ao menos três sintomas clínicos da doença, o suficiente para tratá-los como prováveis mortes pela pandemia de coronavírus, segundo os pesquisadores.

Há que se considerar ainda que os quase 69 mil mortos por SRAG, sem causa específica registrada, apresentam um brutal crescimento em relação aos 3,8 mil óbitos registrados no ano de 2019. Segundo a Fiocruz, até 2020, 2016 tinha registrado o pior quadro de óbitos por SRAG desde 2009 -ano da pandemia de H1N1-, com 4,7 mil vítimas fatais.

 

Questão de interesse

O crescimento superior a 1.400% nos casos de óbito por SRAG são emblemáticos do total descontrole da pandemia no Brasil. Segundo o sítio Wordometters, o País tem uma média de testagens pouca coisa superior a 134 mil para cada milhão de habitantes. Entre os 10 países mais atingidos pela pandemia, só perde para a Índia, com 119.221 na mesma proporção.

Nações com dificuldades imensurávelmente maiores do que o Brasil, como a Palestina ocupada, apresentam 163.371 testes por milhão de habitantes. Regimes reconhecidamente monstruosos, como Chile (323 mil/milhão), Peru (163 mil/milhão) e Colômbia (151 mil/milhão), apresentam uma preocupação maior com o bem-estar da população do que a mais desenvolvida entre as nações atrasadas do mundo.

Entre os 220 países acompanhados pela base de dados sobre a pandemia, o Brasil encontra-se em 98º entre os países que mais realizam testes em proporção ao número de habitantes, perdendo para uma série impressionante de nações mais atrasadas e pobres do que a nossa.

É preciso destacar ainda os casos da Bielorrússia (408 mil/milhão) e a Rússia (599.995 mil/milhão), países sob cerco do imperialismo, mergulhados em crise e ainda assim, demonstrando uma capacidade política imensamente superior à do Brasil, no sentido de ter algum controle sobre o alastramento da pandemia.

 

Rapina para burguesia, “morra quem morrer” para o resto

Fica claro, pela comparação com outros países, que a existência de recursos para controlar o coronavírus são um aspecto secundário do problema. A política, o estágio da luta de classes mais especificamente, permite compreender como chegamos a tamanho grau de barbárie, a ponto do regime brasileiro adotar, deliberadamente, uma política cuja única consequência natural é o genocídio das massas trabalhadoras, negras e cada vez mais pobres.

Os mortos se avolumam em todo o País, as vítimas de SRAG aumentam mais de 20 vezes e mesmo sob as mais criminosas manipulações, a quantidade de mortes que não pode ser escondida aproxima-se, oficialmente, de 200 mil.

Ponto comum na direita, a drenagem de recursos segue produzindo bilionários -no País e no mundo-, enquanto a política geral, de ambos os setores da direita, segue o princípio do “morra quem morrer”.

 

Contra o genocídio, fora Bolsonaro!

Entre a esquerda, permanece uma capitulação vergonhosa ao principal núcleo organizador desta política, justamente os setores da direita mais ligados ao imperialismo, os quais abusaram da demagogia para se diferenciar do bolsonarismo e resolveram agora, no pior estágio da pandemia, retomar todas as atividades econômicas e sociais, incluindo-se aí aulas presenciais nas redes estaduais e municipais de ensino.

Com o genocídio em marcha no País, produzindo um ano infernal às centenas de milhares de famílias trabalhadoras que choram seus mortos -sob o consentimento não verbalizado dos maiores partidos da esquerda brasileira-, os setores mais vanguardistas entre as forças populares devem se organizar de maneira independente da burguesia e também das forças que hoje se vêem amarradas pelo regime político vigente, incapazes de organizar a população para a luta.

Com a falência exposta dos instrumentos de ação tradicionais da esquerda, só a mobilização popular, organizada nas ruas e por pautas políticas, pode efetivamente derrotar o regime genocida que se instaurou no País após o golpe de 16. É preciso que a população ponha abaixo o governo Bolsonaro e não permita a ascensão de um fascista “civilizado” no lugar mas exija Lula presidente, como queria em 2018 mas não pode por intervenção golpista.

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