O julgamento do Habeas Corpus de Lula no STF comprovou que a burguesia continua unificada para manter o ex-presidente preso. Como foi comprovado pelos vazamentos de informações da Lava Jato, em que o juiz (Sérgio Moro) atuou em conjunto com a acusação (os procuradores da Lava Jato), que existe toda uma conspiração política para aprisionar um dos principais líderes da esquerda nacional – o mais popular.
Lula, inclusive, com a polarização política e a insatisfação do povo contra o golpe, poderia ganhar as eleições no 1º turno, mesmo com todas as manobras da direita que controla a estrutura eleitoral.
Por isso, tiveram de realizar a principal manobra: prender Lula e impedi-lo de participar das eleições. O juiz Moro que foi a peça-chave desta manobra depois tornou-se Ministro do governo eleito pela fraude. Isto é, foi recompensado.
Mas não se trata apenas de uma conspiração de Moro e da Lava Jato. Todos os golpistas estão decididos: é preciso manter Lula preso. Sobretudo agora, depois dele já ter sido encarcerado nas masmorras de Curitiba, sua liberdade seria uma derrota profunda dos golpistas e colocaria em xeque toda operação montada.
As instituições, portanto, não são uma alternativa para libertar o ex-presidente. É preciso sair às ruas. Só o povo nas ruas pode garantir uma vitória contra os golpistas. A mobilização, entretanto, não pode ser aparente e superficial. É necessário uma verdadeira mobilização das massas trabalhadoras, permanente, com um caráter amplo.
Em todo país, é preciso intensificar a mobilização pela liberdade de Lula. Não parar até que Lula seja, efetivamente, solto. Exigir a anulação imediata de todos os processos, que são todos fraudulentos e produtos das ilegalidades cometidas pela Lava Jato, onde o juiz tua com a acusação.