Candidato à prefeitura de São Paulo pelo Partido da Causa Operária (PCO), o experiente militante Antônio Carlos concedeu entrevista ao site esportivo Lance! na última terça-feira. Nela, apresentou o programa do partido para o esporte.
Antônio Carlos colocou que o PCO defende pesados investimentos públicos no esporte a partir das escolas e universidades públicas. Apontou que para elevar o nível esportivo no país é preciso massificar a prática esportiva, o que depende de investimentos sérios para criar as condições para isso, a partir das escolas.
Perguntado sobre o critério que utilizaria para a escolha do secretário de esportes, o militante esclareceu que defendemos um governo dos trabalhadores. Assim sendo, um secretário (ou cargos equivalentes) deve ser escolhido pelos trabalhadores dos setores envolvidos. No caso dos esportes, deveria envolver atletas e demais profissionais da área, além dos torcedores e suas organizações próprias.
Sobre como lidar com a pandemia de Covid-19, Antônio Carlos denunciou a omissão criminosa dos governos de direita nas esferas municipal, estadual e federal. Retomando pontos do programa de combate à crise lançado pelo PCO ainda em março, denunciou que não há testagem massiva da população e nem atendimento de saúde adequado.
Assim como nos esportes, esse quadro só pode ser revertido com pesados investimentos, não só para a compra dos equipamentos necessários mas em especial para melhorar as condições de trabalho e os salários dos trabalhadores da saúde.
Antônio Carlos aproveitou para denunciar que a pressão pela reabertura das escolas, assim como ocorreu no retorno das competições esportivas, atende a interesses de grupos empresariais que controlam estes setores em contraste com os interesses populares.
Para estimular a prática esportiva, o candidato do PCO à prefeitura de São Paulo assinalou que o poder público não deve apenas promover campanhas mas criar as condições adequadas para essa prática. Da perspectiva do partido revolucionário é preciso mobilizar a população e os conselhos populares para exigir essas condições. Em especial nos bairros operários e populares, exigir a criação de espaços públicos adequados, academias públicas e a contratação de milhares de profissionais para atuar também nas escolas públicas, que devem ser abertas à comunidade.
Em relação aos clubes de futebol da capital paulista, Antônio Carlos defendeu o controle pelos torcedores e sócios do clube. As máfias de cartolas e patrocinadores que os controlam atualmente atuam apenas em benefício próprio, dificultando cada vez mais o acesso do povo ao esporte. Para o PCO, nem o Estado nem os monopólios da comunicação (como a Globo) devem interferir nos clubes.
Questionado sobre sua posição em relação à privatização do autódromo de Interlagos, Antônio Carlos foi enfático ao se opor e denunciar a entrega do patrimônio público. Por terem sido construídos com trabalho e recursos do povo paulistano, trata-se de uma política criminosa repassar esses patrimônios para turbinar os lucros da iniciativa privada.
Contra as ilusões eleitorais, disseminada à esquerda e à direta, ressaltou que para defender os interesses da população contra os interesses dos bancos e grandes monopólios econômicos, é necessário fortalecer a organização dos conselhos populares.