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Governo faz piada

Contra salário mínimo, Guedes diz que aumento traria desemprego

Governo quer quebrar as pernas dos trabalhadores, desmoralizando-os até que aceitem trabalhar por um prato de comida

O salário mínimo no Brasil foi criado pela Lei nº 185, de janeiro de 1936 e começou a valer a partir de 1938. Deveria ser o suficiente para sustentar uma família de 4 pessoas. Mas isso nunca aconteceu no Brasil. Neste ano, em fevereiro, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou a estimativa de quanto deveria ser o salário mínimo no Brasil para que a lei fosse cumprida, o mínimo deveria ser de R$ 4.366,51. Mas é quatro vezes menor (IstoÉ Dinheiro, 6/3/20).

Não bastasse o salário mínimo ser quatro vezes menos do que o mínimo necessário, mais da metade dos trabalhadores brasileiros recebem menos que o salario mínimo (O Globo, 16/10/19).

A situação da classe trabalhadora brasileira é de miséria, exploração extrema, fome e violência, especialmente praticada pelos aparatos policiais do Estado.

Não bastasse isso, o governo ainda tripudia. Então vejamos o que disse o ministro da Economia, Paulo Guedes ao jornal o Estado de S.Paulo. “Hoje, se você der um aumento de salário mínimo, milhares e talvez milhões de pessoas serão demitidas. Estamos no meio de uma crise terrível de emprego” (Brasil 247, 1/9/20).

Os economistas burgueses costumam dizer que quanto menor o salário, mais empregos existem. Há até teorias econômicas para justificar isso. Na verdade, quanto mais explorado é o trabalhador, mais lucro tem o capitalista. Quanto mais trabalho não pago é apropriado pelo capitalista, mais ele quer investir naquela atividade de exploração. Mas isso tem um limite. Ao mesmo tempo em que o capitalista individual quer explorar ao máximo o trabalho, inclusive pagando-lhe o mínimo possível, o capitalismo precisa de mercado para os produtos criados pelos trabalhadores. O segredo das políticas econômicas burguesas é explorar ao máximo o trabalhador e ainda gerar mercado de consumo para as mercadorias produzidas pelos trabalhadores.

Assim, uma parte do salário não pago aos trabalhadores acaba indo parar na mão de consumidores, especialmente em países capitalistas mais desenvolvidos ou em bolsões de classes que têm no fundo o papel de consumir e não produzir.

No caso brasileiro, nos últimos anos, e mais especialmente depois do golpe de 2016, o que o imperialismo tenta provocar é o retrocesso da economia nacional, transformando o Brasil em um país colonial pouco industrializado, grande produtor de matérias primas (as chamadas commodities) e de alimentos, dependente do capital estrangeiro e incapaz de reagir aos ataques das empresas multinacionais. As grandes empreiteiras nacionais, que acabaram acumulando grande conhecimento de gestão de projetos de infraestrutura, acabaram destruídas pela operação Lava Jato, assim como está acontecendo há mais de 4 anos com a Petrobras, foi o que ocorreu com a Embraer (a Boeing comprou a empresa, a destruiu e agora devolve o bagaço para ser nacionalizada com dívida).

Setores inteiros foram destruídos, como a indústria naval, outros estão sendo sucateados, a exemplo da indústria bélica e da indústria eletrônica.

Os imperialistas estão conseguindo tudo o que exigiram. O país já abandonou grande parte da legislação trabalhista de proteção do trabalhador (reforma trabalhista) e também a legislação de proteção do salário mínimo, criada no governo Lula. Mesmo assim, nenhum mísero emprego foi criado. Ao contrário. Desde 2109 o desemprego só aumenta e neste ano o número de pessoas desempregadas ultrapassou o número de pessoas empregadas. No conjunto da força de trabalho brasileira, mais da metade está sem emprego ou tão subempregada que nem conta.

Reduzir o salário mínimo faz parte do processo do golpe. É como quebrar as pernas dos trabalhadores, desmoralizando-os a ponto de aceitarem qualquer coisa em troca de um emprego, nem que seja por um prato de comida estragada.

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