Um juiz do Supremo Tribunal espanhol chamado Pablo Llarena rejeitou nesta terça-feira (22) a liberdade de dois separatistas em prisão preventiva. Os dois foram designados como ministros regionais pelo novo presidente catalão Quim Torra, e cuja nomeação foi bloqueada pelo governo central. Além disso, o presidente ainda nomeou dois foragidos, o que demonstra uma radicalização de um governo que não aceita a intimidação de Madri.
Com a decisão, Madri mantém o controle absoluto sobre a região e contra a decisão do povo. De acordo com a nota divulgada pelo Tribunal, “o juiz Llarena nega a liberdade provisória para Josep Rull e Jordi Turull para tomar posse como conselheiros (ministros regionais) em razão do risco de reiteração criminosa”. A decisão do governo significa que, além de toda repressão sobre as manifestações dos separatistas, o governo espanhol supõe um novo inconveniente ao presidente separatista Quim Torra, porque, de acordo com a lei, a nomeação dos membros do governo “tem efeito a partir da posse”, à qual não poderão comparecer.
O Parlamento catalão, através do juiz juiz Llarena, já impediu Jordi Sànchez de sair da prisão para tomar posse como presidente na Catalunha anteriormente e foi processado por isso por Sànchez.
Com essa manobra, o governo central também manteve na prática a tutela imposta à região, após a tentativa fracassada de independência e Madri continua articulando para que o governo Catalão não se forme.