A Venezuela voltou ao centro da luta política latino-americana. Com a posse de Nicolás Maduro no início do ano, a burguesia iniciou uma feroz ofensiva golpista contra o chavismo. A situação chegou no ponto crítico em que apenas um dos lados pode ganhar: os trabalhadores ou o imperialismo.
Para o imperialismo norte-americano, o governo eleito pela população com mais de 67% dos votos válidos é ilegítimo – uma mentira descarada com o objetivo de derrubar o governo chavista. Dessa forma, inventaram um duplo poder na venezuela, em que o imperialismo e a burguesia venezuelana reconhecem como mandante do país, não o presidente eleito, mas a Assembléia Nacional, tomada pelos golpistas.
O imperialismo está usando seus instrumentos supostamente democráticos para promover uma ofensiva contrarrevolucionária na Venezuela. Tanto a Organização dos Estados Americanos (OEA) quanto o Grupo de Lima, ambos controlados pelos EUA e apoiadores dos golpes de estados na América Latina, não reconhecem a legitimidade do governo de Nicolás Maduro.
A polarização política está crescendo exponencialmente e a guerra civil está mais próxima que nunca. O fascismo venezuelano já foi colocado no jogo político, o deputado escolhido pelos grandes capitalistas para presidir o país é o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, do partido de extrema-direita Vontade Popular (VP).
Por outro lado, os trabalhadores, dos quais muitos estavam armados, saíram às ruas para defender o governo contra o golpe de Estado do imperialismo e apoiar o único órgão legislativo legítimo do país, que é a Assembleia Constituinte, defendida pelas organizações operárias, os sindicatos e os movimentos populares.
A autoproclamação de Guaidó como presidente da República é um golpe contra a população venezuelana. A situação chegou em um estágio em que é necessário que os trabalhadores derrotem os golpistas. Caso contrário, o imperialismo triunfará, aprofundando a onda reacionária em toda a América Latina.
Por isso, o caso venezuelano é importante inclusive para os trabalhadores brasileiros. A classe operária deve levar adiante sua política, independente da burguesia, derrubando o governo fraudulento de Jair Bolsonaro no Brasil e derrotando o golpe de Estado na Venezuela. Apenas a mobilização revolucionárias das massas, liderada pela classe operária, pode derrotar o golpe.
Abaixo o golpe imperialista na Venezuela, todo apoio à Maduro e ao povo venezuelano!