O governo do estado de São Paulo determinou o retorno as aulas presenciais no dia 1º de fevereiro. Mesmo com a agravamento do número de contaminações, internações e mortes, e perspectiva de alta maior ainda nos próximos meses.
O governador apontou que o retorno será dos alunos da educação básica ocorrerão nas cidades em fase amarela do Plano de Flexibilização da quarentena, com a participação, segundo o secretário da educação de um terço dos alunos em sala de aula.
A decisão tomada não foi seguida pelos prefeitos das grandes cidades da região metropolitana de São Paulo, ao menos quatorze desses municípios afirmaram que não haverá retorno as aulas sem vacinação.
As prefeituras de Arujá, Barueri, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Itapevi, Jandira, Mauá, Osasco, Poá, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano não vão aderir ao calendário proposto por Dória. A ideia é que o retorno seja feito depois do dia 1º de março, com nova decisão a ser tomada de acordo com a divulgação do calendário de vacinação.
O Secretário Estadual da Educação, Rossieli Soares afirmou em coletiva de imprensa no início da tarde desta quarta-feira (13) que o governo pode ir à justiça contra os prefeitos que não obedecerem a decisão de Dória. Segundo Rossieli os prefeitos precisam de uma justificativa plausível para o não retorno.
O questionamento em si acaba soando engraçado, quando feito pelo secretário da educação do estado que se encontra em situação de verdadeira catástrofe provocada pela pandemia, São Paulo está se aproximando do número de 60 mil mortos, com hospitais em estado de colapso. O governo de João Dória se lançou nesse período de pandemia a provar todo tipo de retrocesso para destruir as condições de vida da população, como as privatizações e retirada de direitos. Qualquer um que leve a sério a vida das crianças, famílias e trabalhadores da educação e já entrou nas escolas públicas do estado sabem da impossibilidade de retorno as aulas com alguma segurança sanitária.
É preciso fazer a denúncia da ação do governo do estado de colocar em risco as pessoas que se utilizam das escolas, o aumento constante de casos será muito maior se houver a exposição de um número grande de crianças em circulação.
Os sindicatos, partidos e movimentos sociais devem se somar para fazer a denúncia, mobilizar os educadores e famílias nos bairros populares, exigir que a volta as aulas deve ocorrer somente com todos os envolvidos devidamente imunizados. Volta às aulas somente com vacina e com o fim da pandemia.