Na quarta-feira (5), o presidente norte-americano Donald Trump anunciou que irá acabar com todas as pesquisas científicas realizadas em cima de tecidos retirados de fetos abortados. Estas pesquisas são fundamentais para medicina, já que permite estudar, não só o feto, mas também todo o tecido humano.
A medida de Trump foi tomada para atender às reivindicações da extrema-direita que, por conta de questões morais e religiosas, é contra o direito ao aborto e, portanto, além de serem contra o direito da mulher sobre seu próprio corpo, também são contra o desenvolvimento científico – lembrando o Clero na idade Média, que impedia qualquer tipo de desenvolvimento da ciência.
O departamento de Saúde anunciou que nenhum pesquisador poderá trabalhar sobre testes em tecidos de fetos. Essa medida irá prejudicar uma boa parte da população norte-americana, pois o governo não pretende renovar o contrato de financiamento público de pesquisas sobre tecidos fetais na Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF) – um programa que contava de US$ 2 bilhões por ano está desenvolvendo testes sobre novos tratamentos contra o vírus do HIV, além de pesquisas contra o Mal de Alzheimer, problemas na medula óssea e doenças oftalmológicas.