O colégio militar de Belo Horizonte retomou suas atividades realizando aulas presenciais nesta segunda-feira (21), contrariando a decisão judicial da sexta feira (18) que proibiria a reabertura por iniciativa da escola. O espaço escola possui 620 alunos, com estudantes e profissionais do grupo de risco que até então faziam uso do ensino remoto. De acordo com pais que acompanharam os filhos ao espaço, claramente preocupados com a decisão irresponsável da instituição militar, cada turma possuía no máximo 15 estudantes.
A reabertura encobre o ensino médio e fundamental, que serão convocados em dias alternados. As aulas presenciais serão ministradas por professores militares. As segundas, quartas e sextas serão o ensino médio a correr risco de contaminação no espaço escolar, enquanto que, para o ensino fundamental, será as terças e quintas. Os pais relatam também que a permanência das aulas presenciais será “avaliada” a cada semana, obviamente uma proposição que demonstra a incerteza de se aceitar essa abertura em plena pandemia, com mais de 130 mil mortes no Brasil até agora e ainda com um numero de mortes diárias na media de 1000.
Na noite do dia 18, a justiça federal não permitiu a volta das aulas presenciais no colégio militar de Belo Horizonte, sobre multa diária de R$ 5 mil. A escola, estando sobre administração do exercito brasileiro, desconsiderou os possíveis riscos comunais e municipais da reabertura escolar. “Essa escola se esquece de que, antes de ser um ente federal, está inserida em uma comunidade. Se houver um surto de COVID-19 ali, todo o processo de flexibilização de BH pode ser derrubado e o sistema de saúde, seriamente comprometido”, alerta o infectologista Carlos Starling, diretor da Sociedade Mineira de Infectologia. Isso demonstra o caráter ditatorial e irresponsável da decisão do exercito, que se sente livre pra realizar qualquer tipo de plano sem repercussão aparente.
Não podemos aceitar qualquer reabertura de escola durante a pandemia. Já basta a farsa que é o EaD (Ensino a distancia), que é um avanço do processo de privatização do ensino, a reabertura das escolas é genocídio. Estudantes e professores devem se mobilizar já contra a volta às aulas.