Participe da 2ª Conferência Aberta de Luta Contra o Golpe. É preciso reagir à ofensiva da direita golpista e do governo Bolsonaro. Para se inscrever na Conferência, basta acessar o link, preencher e enviar o formulário de inscrição. A Conferência visa fazer um debate sobre a situação política depois dos últimos desdobramentos da luta política contra a direita golpista, uma avaliação sobre como agir diante da nova situação e organizar a luta contra a direita daqui em diante.
Em 2016 a direita golpista derrubou o governo de Dilma Rousseff depois de mobilizar nas ruas uma base de extrema-direita ainda durante o primeiro governo da presidenta tirada do poder pelo golpe. Antes do sucesso daquele golpe, a esquerda também começou a se mobilizar para se opor ao que estava acontecendo, colocando-se em um embate político com a direita. Esse embate continua até agora e está mais intenso, com o aprofundamento da polarização do País.
O objetivo da direita, como fica mais claro a cada dia sob o governo de Jair Bolsonaro, é descontar o peso da crise capitalistas nas costas do trabalhador. Fenômeno que se repete em todos os países atrasados depois do colapso econômico de 2008, pois se trata de uma política imposta pelo imperialismo para que os capitalistas possam continuar lucrando. E para isso, os capachos do imperialismo nos países atrasados desferem ataques brutais às condições de vida de milhões de trabalhadores. Como Bolsonaro faz no Brasil, atacando direitos trabalhistas, salários, serviços públicos e o patrimônio nacional.
A luta contra o golpe
A luta contra o golpe acontece desde antes de a direita derrubar o governo do PT. Portanto, há um longo desenvolvimento no curso da luta contra a direita no último período. Esse é um fator favorável para os trabalhadores no embate contra a direita. Há uma grande preparação até aqui. Outro fator favorável é a tendência à mobilização contra o governo que aparece desde antes da posse.
A situação na América Latina também mostra uma tendência geral de enfrentamento das massas contra o imperialismo no próximo período. No entanto, essas mobilizações no continente demonstraram a carência de um programa que servisse de eixo para as mobilizações que aconteceram contra o governo. Não havia uma palavra de ordem que colocasse o poder em questão, como o Fora Bolsonaro! De modo que as manifestações, diante da omissão de lideranças populares e de esquerda, acabaram refluindo.
Um dos objetivos da Conferência é justamente levantar esse programa, com base no debate político entre militantes e ativistas que querem fazer alguma coisa diante do avanço da direita golpista. Em primeiro lugar, é preciso debater como levar adiante a campanha pelo fora Bolsonaro!, além disso, é preciso levantar um programa de lutas em torno das questões que atingem a população sob o governo de extrema-direita.
Desemprego
Segundo o último levantamento do IBGE, no trimestre encerrado em julho o número de desempregados chegou a 12,6 milhões. A população subutilizada (fazendo “bicos” para sobreviver) chega a 28,1 milhões, e os desalentados (que desistiram de procurar emprego) chegam a 4,8 milhões. Ou seja, somando-se desempregados e quem deixou de procurar emprego, mais os que estão em subempregos lutando para sobreviver, são mais de 45 milhões de pessoas. Esse é um fator que tende a provocar uma explosão social no Brasil contra o regime da direita golpista. E é preciso apresentar um programa diante desse quadro.
Redução da jornada de trabalho
A “solução” vendida pela direita golpista para o desemprego é a retirada de direitos. Diz o dogma neoliberal que quanto menos direitos o patrão tiver que pagar, mais gente ele vai contratar. O que acontece, no entanto, é o contrário. Quanto mais um patrão pode explorar um mesmo trabalhador, menos gente precisa ser contratada. Uma solução de verdade para o desemprego é a redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais, sem redução do salário. Assim, outras vagas de emprego são abertas, para que a produção se mantenha no mesmo patamar. Resolvendo-se assim instantaneamente o problema do desemprego.
Pela dissolução da PM
Outra questão sensível do último período foi o aumento das mortes provocadas pela PM. No Brasil esse é um problema histórico. A PM massacra a população pobre desde sempre para exercer um controle social. Desde a campanha golpista, porém, o número de assassinados pela PM não para de aumentar. Em 2018 passou dos 6 mil, e em 2019 certamente aumentará mais ainda. Com o bolsonarismo no governo, o estímulo para isso é explícito.
Essa polícia repressiva da extrema-direita e o aumento da violência policial levaram a monstruosidades como o recente massacre de Paraisópolis, em São Paulo, quando nove jovens morreram em uma chacina da PM durante um baile funk. No Rio de Janeiro, a política de Wilson Witzel levou a uma matança que não poupou sequer crianças, como a menina Ágatha Félix, de 8 anos, morta em setembro baleada pela polícia.
Situações como essas colocam a necessidade da extinção da PM, para interromper a matança contra os trabalhadores em bairros pobres. Esse será também um tema de debate na próxima Conferência, para colocar uma reivindicação relativa à própria sobrevivência dos trabalhadores frente à brutalidade da política da direita golpista.
Todos à Conferência
Participe da elaboração desse programa de lutas, que deve corresponder aos anseios das massas diante da catástrofe neoliberal. Inscreva-se e participe da luta contra o golpe, no endereço alutacontraogolpe.com.