Da redação – O Irã afirmou que irá aumentar suas reservas de urânio enriquecido para além dos limites impostos pelo imperialismo através do acordo nuclear em 2015.
Behrouz Kamalvandi, porta-voz de entidade de energia atômica iraniana, anunciou que o país não vai estabelecer mais limite para a produção do material. Segundo ele, no dia 27 de junho, a quantidade de urânio enriquecido vai ultrapassar 300 quilos – o limite imposto pelo acordo.
“Hoje começou uma contagem regressiva para superar os 300 quilos de reservas de urânio enriquecido e, em 10 dias, vamos superar este limite”
Trata-se de um Urânio que permite o funcionamento de Usinas de energia atômica, mas não serve para a produção de bombas desta qualidade.
O acordo já havia sido enfraquecido por Trump, contra a política da principal ala do imperialismo, que decidiu sair e iniciar uma intensa campanha de ataques ao Irã. O Irã, desta forma, fez certo ao anunciar que não respeitará mais o acordo.
Primeiro pois o acordo em si já era um absurdo. O Irã, como país independente e soberano, teria o direito do produzir a quantidade de Urânio que quisessem, e os países imperialistas, que inclusive já usaram bombas atômicas contra cidades inteiras, não tem o direito de impor restrições a outros.
Mas também foi um acerto porque perceberam que o imperialismo norte-americano, mesmo sem apoio dos outros países, iniciou um processo de ofensiva contra o país do Oriente Médio e desta forma, se restringir para agradar um inimigo declarado não é muito inteligente. As usinas atômicas do Irã são extremamente importantes para a industrialização do país.
