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Contra as demissões na Audi, operários precisam ocupar a fábrica

Contra a tentativa dos patrões de jogar a conta da crise capitalista para os trabalhadores, é necessário organizar greves com ocupação de fábrica para barrar as demissões

Após as demissões na Ford e na Mercedes, que suspenderam – total ou parcialmente – a produção no País, desta vez a Audi interrompeu sua linha de montagem. A marca, que pertence a montadora Volkswagen, anunciou que a suspensão não é definitiva, mas está condicionada a liberação de recursos do IPÌ por parte do governo federal, que deve cerca de R$289 milhões de reais às 3 marcas alemãs (BMW, Mercedes e Audi). A empresa está se aproveitando da crise, vide fechamento das outras montadoras, para assaltar ainda mais os cofres públicos, ameaçando com o desemprego.

Segundo a direção da empresa, ela fez “todos os estudos necessários para trazer um novo modelo” para a linha de produção na fábrica em São José dos Pinhais (PR), a decisão agora caberá à matriz na Alemanha, levando em conta essa “dívida” do IPI, parte do programa Inovar Auto. Criado em 2012, a iniciativa previa retornos financeiros às montadoras que instalassem fábricas e centros de pesquisa no Brasil. A velha história de dar dinheiro para os capitalistas para eles criarem empregos. No final das contas, além de não criarem quase nenhum emprego, pelo contrário, os capitalistas usufruem destes incentivos governamentais o máximo que podem, para em seguida utilizar as demissões como desculpa para exigir mais programas de incentivo.

Capitalistas chantageiam o Estado para receber ainda mais dinheiro dos cofres públicos.

A redução dos esforços de fábrica da Audi no Brasil ocorreu no fim do ano passado, em dezembro, paralelo a montadora Mercedes-Benz, que também fechou sua fábrica, resultando na demissão direta de 370 funcionários em Iracemópolis (SP) e indireta de 500 a 600 outros trabalhadores.

Ford

A Ford anunciou em 11 de janeiro o encerramento da produção de veículos no Brasil, com o fechamento de todas as suas fábricas localizadas em Taubaté (SP) – unidade que fabrica motores e transmissões – Camaçari (BA) – que produzia os modelos Ka e EcoSport – e Horizonte (CE) – responsável pela fabricação do Troller T4.

Um desdobramento ainda mais grave após o fechamento da fábrica em São Bernardo do Campo, em 2019, o encerramento da produção de carros no Brasil levou à demissão direta de mais de 5 mil trabalhadores diretos e 120 mil indiretos!

O que está ocorrendo na Audi, na Ford, na Mercedes e nas demais montadoras, é um resultado direto da política pró-imperialista dos golpistas. Para favorecer o capital estrangeiros, o governo Bolsonaro está destruindo a indústria nacional. Mesmo assim, a postura destas empresas multinacionais imperialistas mostra que a burguesia não está satisfeita com o nível de destruição atual, quer ainda melhores condições para explorar os trabalhadores, com mais incentivos do Estado brasileiro e aprovação das “reformas”.

Segundo dados do IBGE, há neste momento no País mais de 78 milhões de pessoas fora da força de trabalho. Além destas, mais de 14 milhões de pessoas estão desempregadas. Ou seja, são aproximadamente 92 milhões de pessoas que estão excluídas do mercado de trabalho, uma situação crítica para qualquer economia capitalista, dado que se trata de uma verdadeira máquina de produzir miseráveis. No entanto, isso de forma alguma é um fatalidade, mas sim o resultado da política criminosa dos golpistas que estão afundando o país numa crise que cedo ou tarde irá explodir.

As centenas de milhares de demissões ocorridas nas montadoras se somam às dezenas de milhões de desempregados e de miseráveis que há neste momento no País. Os patrões, diante desta situação, estão utilizando a crise capitalista e pandemia como desculpa para jogar a conta para os trabalhadores, aumentando ainda mais a exploração.

O ano de 2021 começou com demissões massivas, que são a continuação do aprofundamento da crise histórica do capitalismo. Ao contrário da propaganda feita diariamente na imprensa burguesa de que o País está saindo da crise, a realidade é que os golpistas não tem nenhuma perspectiva positiva para os trabalhadores.

Por isso, para enfrentar essa situação é necessário ter um programa que se dirija aos metalúrgicos e ao conjunto dos trabalhadores, pela diminuição da jornada sem redução de salário. Se não há empregos para todos, como alegam os capitalistas, então que se trabalhe menos para que todos trabalhem. Afinal, por que os trabalhadores é que tem que pagar, perdendo seus empregos, por uma crise que não foram eles que criaram? E mais, é preciso adotar medidas radicias, como a ocupação das fábricas para exigir que, se o patrão não tem condições de seguir operando as empresas, que sejam estatizadas e controladas pelos trabalhadores, que tem plenas condições de manter a produção e acabar com o lucro criminoso que os patrões recebem do ganho sobre o trabalho alheio.

Também é preciso destacar que não se trata de um problema específico dos trabalhadores destas empresas, mas sim de um problema geral, que envolve toda a classe trabalhadora brasileira, num momento em que, diante de todos os ataques da burguesia, os trabalhadores começam a se levantar em greves como a dos professores, dos petroleiros, etc, mostrando que é necessária uma greve nacional, dos metalúrgicos e de outas categorias, para barrar as demissões e derrotar o golpe de Estado.

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