Na terça-feira passada (3), a Uneafro-Brasil (União de Núcleos de Educação Popular para Negras e Negros) protocolou um documento pedindo a investigação dos crimes do deputado estadual Sargento Neri (Avante).
Segundo o deputado, “é uma vergonha nós perdermos três policiais, um garoto alvejado na cabeça, e não fazermos uma operação para matar dez. A resposta por um policial morto são dez ladrões mortos. É o mínimo. Da Polícia Militar que eu venho, nós não entregávamos uma viatura para a outra equipe enquanto não se pegasse o ladrão. Nós não faríamos o velório do policial enquanto não estivesse no necrotério o corpo do ladrão. Isso é fato, isso é guerra.” O fato ocorrera no último dia 25, em plena reunião da Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários da Alesp.
De acordo com Douglas Belchior, membro fundador da Uneafro, este tipo de afirmação é inadmissível. O movimento, segundo ele, sentiu-se na obrigação de reagir independentemente das possíveis consequências da denúncia. “Ele afirma espontaneamente que matavam, não por legítima defesa, mas por vingança, como se execuções sumárias extrajudiciais fossem a norma”, complementa Douglas.
Embora a ação chame a atenção quanto aos arbítrios e a declaração abertamente fascista do deputado, é preciso esclarecer que não adianta protocolar ações no MPF, que como vimos, cansa de defende essa escória. Os negros precisam organizar a autodefesa contra os policiais assassinos!