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Brutalidade policial

Contra a PM fascista, é preciso formar milícias populares

Tal como a população se organiza para conseguir direitos elementares, é preciso organizar a defesa do povo, destacamentos preparados para reagir à violência policial

Nas últimas semanas, foram registradas uma série de ações policiais contra a população pobre, contra favelas, sendo que a mais destacada foi a chacina no Complexo do Alemão (RJ), na qual policiais militares mataram 13 pessoas, em um dos episódios de brutalidade policial mais denunciados deste ano.

Outros casos foram relatados, como o do jovem João Pedro Matos, que foi assassinado em casa enquanto brincava. Depois um laudo pericial apontou mais de 70 tiros disparados contra a casa onde estava o menino. 

Esses casos não são desvios de conduta dos policiais, pelo contrário, revelam a rotina macabra da PM que, mesmo diante de uma pandemia mortal, o coronavírus, não recua em sua atividade regular de torturar e assassinar a população pobre, negra e trabalhadora do Brasil.

Por outro lado, está comprovado que a PM, especialmente em tempos de crise, tende a se tornar mais agressiva, para poder controlar a revolta da população diante dos acontecimentos. A PM está cumprindo o papel de reprimir o povo, que quer mobilizar-se contra crise e seus efeitos. 

A esquerda pequeno-burguesa aponta para as “investigações” dos casos, esperando que o Poder Judiciário golpista, ele mesmo um defensor da repressão ao negro, resolva a questão da repressão contra o povo. Basta ver o caso de Marielle Franco para se chegar à conclusão de que o Judiciário está em conluio com as forças de repressão. 

Existe ainda quem defenda a melhoria das condições de trabalho da corporação. A melhoria dos salários, das fardas, das armas, enfim, que a repressão fique ainda mais pesada contra o povo. Outros falam em desmilitarizar a PM, política que tem o objetivo de fazer demagogia com os policiais, e acabaria mantendo a repressão tal como a conhecemos.

A PM é inimiga do povo. Mata milhares de pessoas e mata mais a cada ano que passa, como os recordes quebrados em 2019. É uma organização criada para atacar a população pobre e reprimir o povo trabalhador e suas reivindicações.

Nesse sentido, é preciso organizar o povo para reagir à altura. É dizer: impedir que a PM mate mais pessoas indefesas. Impedir que essa corporação realize despejos, como vimos recentemente em São Paulo, no meio da pandemia de coronavírus. 

Não é possível esperar as investigações, as apurações dos casos, esperar que a Justiça faça algo. É preciso reagir antes que aconteça, ou seja, a população precisa estar organizada para barrar a ação policial nas favelas e bairros operários. Essa é a única forma de reduzir o número de mortos pela Polícia Militar.

A população deve constituir seus próprios grupos de defesa e segurança, as milícias populares. Com pessoas eleitas pela comunidade para poder fazer a segurança do povo contra as investidas da PM, que se dão, sempre, contra pessoas desarmadas, indefesas. 

Tal como a população se organiza para conseguir direitos elementares, como habitação, alimentação, educação e outros, é preciso organizar a defesa do povo, destacamentos preparados para reagir à intervenção policial nas periferias. 

Trata-se de um direito democrático se organizar e resistir à opressão. Ninguém é obrigado a aceitar que a PM trucide a população, esse mesmo povo que está enfrentando a crise de coronavírus, desemprego, fome etc. É preciso reagir e, no caso da PM, está claro que os trabalhadores devem constituir as milícias de defesa, de segurança do seu próprio povo, e não aguardar que as instituições, elas mesmas inimigas da população, resolvam o problema da brutalidade policial, que só deve aumentar com a crise social.

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