Com a vitória, por meio da fraude eleitoral, do candidato da extrema-direita nas eleições, a política fascista da direita ganha força. Um exemplo disso é a intensificação da perseguição contra educadores de todo o País, por meio do chamado Projeto Escola Sem Partido. A proposta visa estabelecer a censura nas escolas de todo o Brasil, criminalizando, inclusive, os professores e estudantes que debatam e discutam temas políticos e sociais durante as aulas.
A direita tentou impor o projeto logo na primeira semana pós-eleição. A proposta seria aprovada em uma comissão especial da Câmara e passaria para o Senado. A intenção, no entanto, foi barrada pela mobilização dos professores. Todavia, a votação da proposta no Congresso pode acontecer nos próximos dias.
Mesmo sem a aprovação, a perseguição aos professores se intensificou muito em todo o país, após a “eleição” de Bolsonaro. São várias as denúncias de educadores sofrendo assédio no interior das salas de aula, sendo intimidados por meio de filmagens e até mesmo presos, como ocorreu no Espirito Santo, onde um professor foi levado a delegacia, pois estava discutindo política com um colega de trabalho.
É preciso que os professores se organizem por meio dos comitês de luta contra o golpe e reajam à censura, contra a ofensiva da direita fascista contra a educação. Uma etapa decisiva dessa luta se dará nos próximos dias 8 e 9 de dezembro, quando será realizada a próxima Conferência Aberta dos Comitês de Luta Contra o Golpe. É necessário organizar caravanas de todo o país e participar da atividade. Exigir o apoio dos sindicatos de professores à Conferência, como corretamente fez o Sindicato dos Professores de São Paulo, a APEOESP. A Conferencia visa organizar a próxima etapa da luta contra os golpistas e contra o governo fascista de Jair Bolsonaro.