A escalada de ameaças do imperialismo norte-americano contra a Venezuela parece estar atingindo o ponto máximo de tensão, onde tudo está indicando que é iminente uma agressão militar dos Estados Unidos à nação e ao povo bolivariano. Trump, a extrema direita norte-americana e os vassalos fantoches que chancelam a política do imperialismo na Venezuela (Guaidó, Capriles) não cessam as provocações contra o governo de Nicolás Maduro, empreendendo uma das mais hediondas e sórdidas campanhas de desestabilização contra um governo legitimamente eleito.
Por detrás do palavreado ridículo e risível de uma suposta “ajuda humanitária” ao país latino-americano, o que os olhos do mundo estão assistindo é mais uma investida econômica e geopolítica da maior máquina militar de guerra do planeta contra um país que, do ponto de vista de sua força militar, é praticamente indefeso diante do poderio do inimigo do imperialismo norte-americano.
Depois de ter ampliado, há alguns dias atrás, as sanções e o bloqueio econômico contra o governo chavista e o povo venezuelano, o imperialismo parece estar caminhando em direção a sua cartada final contra o povo venezuelano, agora diretamente através do aumento da pressão, com a possibilidade de um bloqueio naval ou quarentena, que está sendo cogitado pelo presidente direitista Donald Trump.
As ameaças ganharam um tom mais forte e explícito com as declarações do chefe do Comando Sul dos EUA, o almirante da Marinha imperialista, Craig Faller, onde o militar alertou para – vejam só quanta desfaçatez – o “formidável sistema de armas” da Venezuela, aproveitando para criticar também Cuba, Rússia e China por ajudar Maduro, dizendo que era importante colocar “pressão contínua” no “regime ilegítimo” e organizar esforços humanitários (SputnikBrasil, 19/08). O comandante militar dos EUA também afirmou que está “pronto” e preparado para fazer “o que precisa ser feito”. “A Marinha dos Estados Unidos é a mais poderosa do mundo. Se for tomada a decisão política de usar a Marinha, estou convencido de que poderemos fazer o que precisa ser feito” (idem, 19/08).
Mais claro e explícito, impossível. O uso da força militar passou a ser a opção imediata do imperialismo contra o país latino-americano, que já se encontra sufocado economicamente com o criminoso e genocida bloqueio econômico imposto pela administração fascista de Donald Trump. A imposição do congelamento de todos os ativos da Venezuela no exterior vem provocando uma catástrofe humanitária de proporções gigantescas no país, com desabastecimento de alimentos, medicamentos e outros produtos de primeira necessidade para a população.
O objetivo do imperialismo, muito distante de qualquer ajuda humanitária, é a derrubada do governo popular chavista do presidente eleito Nicolás Maduro, substituindo-o pelos golpistas venezuelanos derrotados nas eleições de 2018, reconhecidas como legítimas pela comunidade internacional que esteve presente ao país quando da realização do pleito, atestando a legalidade e a legitimidade do resultado das urnas.
Assim como estão fazendo aqui no Brasil, na Argentina, na Colômbia, no Equador, no Paraguai e em Honduras, os EUA se movimentam no apoio a governos reacionários e direitistas “eleitos” sob a chancela da fraude e da manipulação; e, por outro lado, organizando golpes e deposições de governos que não se alinham à sua política de recolonização e destruição das economias; de privatizações; de ataques às condições de vida das massas populares; de destruição dos direitos e conquistas da população pobre e explorada.