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Colombia: mais assassinatos

Continua onda de violência estatal contra ativistas colombianos

O extermínio de lideranças populares continua na Colômbia, demonstrando o erro enorme que foi as Farc entregarem as armas, neste momento o povo e suas lideranças pagam com a vida

A violência e assassinatos da extrema-direita colombiana contra lideranças de Organizações camponesas, políticas e ambientais continua a se aprofundar, na quinta-feira ocorreu o assassinato de dois ativistas, enquanto outros dois líderes saíram ilesos em dois ataques com armas de fogo em várias regiões da Colômbia.

No departamento(Estado) de Chocó, noroeste do país sul-americano, a líder comunitária colombiano-espanhola Juana Perea, dona de um hotel de ecoturismo na cidade de Termales, foi morta por pessoas não identificadas. O corpo de Juana Perea, que tinha 50 anos e se opunha à construção de um porto na região, foi encontrado em frente à delegacia do município, na praia. Um exemplo muito claro, de que forças policiais e da extrema direita estão por trás desse assassinato, pois quem, senão a extrema direita deixaria o corpo em frente a uma delegacia, sem ninguém ser identificado.

“Hoje com muita saudade ficamos sabendo do assassinato dele. Isso deixa um recado muito ruim para a área e para a segurança aqui no Chocó ”, expressou o presidente do Grupo Institucional e Comunitário de Pesca Artesanal (GICPA), Luis Perea.

No mesmo dia, um grupo armado assassinou o tradicional médico indígena Pompilio Narváez em sua residência, no município de El Plateado, departamento de Cauca, no sudoeste.

Há poucos dias, o senador indígena Feliciano Valencia, porta-voz da Minga del Suroccidente, publicou em seu Twitter que foi vítima de um atentado no norte de Cauca, do qual saiu ileso.

O veículo em que foi transportado foi atacado com rajadas de rifle na estrada que vai de El Palo, Caloto, a Tacueyó, no município de Toribío, em Cauca. O ataque se deu durante sua viagem ao ato que marcava um ano do “massacre de la Luz”.

Da mesma forma, a Organização Nacional Indígena da Colômbia (ONIC), em um tweet, alertou que o líder Wayuu Irama Movil, que faz parte desse grupo, sofreu um atentado.

Os novos ataques ocorrem cerca de 15 dias após o anúncio de que líderes da ex-guerrilha das Farc, os ex-comandantes rebeldes Pastor Alape, Julián Gallo e Pablo Catatumbo, os dois últimos, representam a ex-guerrilha no Congresso colombiano, “reconheceram” sua responsabilidade em seis crimes, incluindo o assassinato do ex-candidato à presidência da Colômbia Álvaro Gómez, ocorrido em Bogotá em 1995, segundo uma carta enviada pelos ex – insurgentes à justiça de paz. Tais assassinatos há anos haviam sido atribuídos a políticos rivais aliados com militares e narcotraficantes.

O fascismo no poder colombiano avança e com a enorme pressão, principalmente, pela escalada de assassinatos no país, os fascistas obrigam os ex- comandantes que confessarem os crimes e compensarem as vítimas receberão penas alternativas à prisão. Caso não cumpram os compromissos, eles podem receber penas de até 20 anos de prisão.

Assim a extrema direita fascista, com o uso da justiça fascista colombiana, encosta, agora os ex-guerrilheiros e agora deputados na parede, levando –os a uma enorme capitulação, assumindo os assassinatos que somente servirão a uma justificação dos assassinatos agora das lideranças populares e camponesas da Colômbia.

No dia 3 de outubro o tribunal fascista que “investiga” os crimes cometidos durante o conflito colombiano afirma que a outrora organização armada se ofereceu na carta “para contar a verdade, esclarecer os fatos ocorridos e assumir antecipadamente a responsabilidade” em vários casos.

Só neste ano, mais de 240 líderes sociais já foram assassinados no país governado pelo fascista Iván Duque. Os assassinatos têm ocorrido pelas mãos de grupos paramilitares, que perseguem líderes comunais, militantes, ativistas e ex – combatentes colombianos.

Desde que o acordo de paz foi firmado em 2016 e as FARC depuseram suas armas, contabiliza-se mais de 800 mortes de pessoas ligadas à movimentos sociais e integrantes das FARC, mostrando que o acordo foi um grande e profundo engano. A luta no país latino, pelo bem dos trabalhadores deve voltar à organização e ao armamento da população, como era na época das Farc. A única saída e a única língua que os fascistas entendem é a do fuzil.

A ideia de mudança por dentro do regime democrático burguês foi uma ilusão pois a oposição à extrema direita está simplesmente sendo sumariamente eliminada. A eliminação de líderes e ativistas sociais é uma prática difundida nos governos ditos democráticos por todo o mundo. A tática visa desestruturar as organizações de luta e se intensifica à medida que as contradições do regime são expostas assim como a polarização se intensifica.

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