Parece não ter fim a matança desenfreada de líderes de movimentos sociais, indígenas e, ex-combatentes pela ditadura colombiana.
Nesta semana, assassinaram mais um dos signatários da paz na região de Guaviere, o ex-combatente, Plutarco Cardoso, morto a tiros. Além disso, o assassinato do ex- governador indígena, Freddy Zambrano, juntamente com sua esposa no município de Suarez, na região do Cauca. De acordo com os noticiários locais, homens armados dispararam contra o casal quando chegaram em sua casa.
Até o momento, são 232 ex-combatentes mortos após o acordo de paz.
Enquanto os movimentos de luta seguem os protestos reivindicando respeito pela vida e a paz no país e, no aguardo de um diálogo com o presidente colombiano Ivan Duque, exigindo o cumprimento dos acordos de paz. Mas, como não é de surpreender, Duque segue resistente em ter um diálogo com os porta vozes indígenas e demais líderes de outros movimentos sociais.
Está muito claro que tentativa de diálogo não será a solução para o banho de sangue que assola a Colômbia, vide todas as tentativas dos movimentos sociais em seguir de forma civilizada reivindicando que seja respeitado o acordo de paz.
O plano de paz de 2016 é uma verdadeira farsa, pois só ocorreu para desarmar as FARCs, beneficiando a direita e os interventores norte-americanos que atuam no país e que já mataram quase mil pessoas em menos de 4 anos. Lembrando que o país ainda conta com soldados dos EUA se aliando a grupos paramilitares de extrema direita, para corroborar com essa verdadeira chacina que tem acontecido de manifestantes e líderes de movimentos sociais. Mas o que temos por parte da esquerda colombiana, são apenas solicitações de apuração de fatos e mais uma série de protocolos parlamentares que não vai mudar em absolutamente nada, a situação deplorável em que a Colômbia vive.
Toda essa opressão contra a população, tem como objetivo claro, impor o medo para que não seja travada uma luta contra esse governo de extrema-direita, com características fascistas, muito evidentes. Iván Duque não passa de um despachante dos interesses imperialistas e absolutamente nada vai mudar isso.
E para variar a rotina, temos a imprensa imperialista, que não denuncia por cinco segundos sequer, a barbárie que tem ocorrido na Colômbia. Serve apenas para chamar Nicolás Maduro de ditador – que não se curva aos interesses imperialistas – sendo que o mesmo foi eleito pela vontade do povo. Outro exemplo de manipulação, é o caso da Bielorrússia, onde a imprensa insiste em noticiar a “opressão” do atual governo contra seus opositores – governo que também não é alinhado aos interesses imperialistas.
Tudo isso deixa muito claro também que essa mídia golpista mundial não dá a mínima para um Estado em situação ditatorial, vivem apenas de manchetes demagógicas, todas pautadas pelos caprichos da burguesia.
Não existe outra forma de combater esse verdadeiro extermínio contra o povo colombiano, que não as ruas tomadas pela população, para derrubar o governo de Duque e expropriar a burguesia parasita, que há anos tem colocado todas as suas forças em suprimir o povo com a ditadura burguesa.