A política irresponsável de setores da esquerda pequeno-burguesa de participar das eleições fraudadas causou uma depressão, menor que na época do impeachment, mas mesmo assim uma depressão em setores da esquerda. Eles consideram que como participaram do processo fraudulento são obrigados a aceitar o resultado, não é verídico isso. Por da manipulação da informação, da fraude, do poder econômico e do cartel da imprensa, e principalmente da retirada de Lula das eleições, Bolsonaro venceu.
Reconhecer as eleições como limpas, como fazem esses setores, é reconhecer que a maioria votou em Bolsonaro, e que ele tem legitimidade para realizar os planos de ataques ao povo, mais duas conclusões falsas. Em eleições fraudadas, no segundo turno, onde o eleitor é praticamente obrigado a votar nele se não quiser o PT, Bolsonaro obteve 39% dos votos totais, do eleitorado, ou seja, considerando que uma parte da população atua politicamente mas não pode votar, nem um terço da população ele tem ao seu lado, isso em números de eleições cuja lisura tem que ser questionada. Em segundo lugar, Lula seria vitorioso contra ele em qualquer cenário, e foi proibido de participar das eleições por isso, de forma ilegal, ou seja além de minoritário, ele é o segundo lugar, ele é ilegítimo, como Temer.
Um governo minoritário e ilegítimo que almeja atacar os direitos do povo deve ser contestado nas ruas, com manifestações de todas as organizações de luta da classe operária, é preciso unificar o movimento em torno deste eixo, Bolsonaro é ilegítimo e precisa sair, de preferência nem deveria entrar. Este pensamento é resumido na palavra de ordem de “Fora Bolsonaro!”, mas é preciso que amplos setores que militam na classe operária abracem esta política.
Os Comitês de Luta Contra o Golpe, organizações autônomas e pluripartidárias, com o objetivo de enfrentar a direita golpista viram que era preciso um amplo debate em torno desta questão e convocaram uma Conferência, uma reunião de todos os setores ativistas, de qualquer central sindical, partido político ou movimento, para debater estas questões, e ajudar a unificar o movimento, desta necessidade nasceu a Conferência Nacional Aberta de Luta Contra o Golpe e o Fascismo que irá acontecer nos dias 8 e 9 de dezembro.
Todos à Conferência Nacional Aberta de Luta contra o Golpe e o Fascismo!
Abaixo a fraude eleitoral!
Liberdade Para Lula!
Fora Bolsonaro!