Da redação – Nesta terça-feira (20), o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou sua demissão e acusou a extrema-direita, liderada por Salvini, pela crise no governo. Com a vitória da Liga do Norte, partido fascista de Matteo Salvini, nas eleições europeias, a extrema-direita ganhou força para começar a pressionar os outros componentes do governo italiano, como Conte o o partido Movimento 5 Estrelas (M5E).
Conte entregou sua carta de demissão ao presidente Sergio Mattarella após duas semanas que a Liga apresentou uma moção de desconfiança contra o próprio governo do qual faz parte para atacar os outros setores.
Conte, antes de anunciar a demissão, fez um duro discurso contra Salvini, acusando-o da crise do governo italiano. Salvini, segundo Conte, provocou a crise de forma “irresponsável”, prejudicando a economia do país, no momento em que o país negocia com a União Europeia o nível de déficit público previsto no seu orçamento deste ano e do próximo.
Salvini foi irresponsável. Ele mostra que só leva em conta seus interesses pessoais e os do seu partido. Suas decisões criam sérios riscos para o país”, disse Conte.
Até então, Conte estava servindo como mediador entre os dois partidos da coalizão vencedora das últimas eleições, o M5E e a Liga. Salvini estava aproveitando a vitória nas eleições europeias para atacar não só Conte, como o próprio dirigente do M5E, Luigi di Maio, que nas eleições italianas de 2018 obteve melhor resultado que o partido de extrema-direita. O dirigente da Liga tem em mente a convocação de eleições antecipadas para o Parlamento europeu para formar um governo exclusivo da extrema-direita, com o partido fascista Irmãos da Itália.