De acordo com a matéria do Brasil 247 , é provável que tenhamos um aumento nas contas de energia elétrica em 16,7 %, se a Eletrobras for de fato privatizada, como quer o presidente golpista Jair Bolsonaro e seu ministro, Paulo Guedes.
Eles enviaram a MP (Medida Provisória) 1031/21 ao Congresso Nacional tentando acelerar a privatização e ao mesmo tempo pressionar o Congresso, com a promessa de liberação de verbas para os congressistas contrários à privatização da Eletrobras.
É preciso lembrar a pressão do capitalismo internacional pelas privatizações, já que os lucros do imperialismo seguem ladeira abaixo, e que, diante da crise, precisam aumentar seus patrimônios às custas do povo trabalhador, aumentando sua miséria nos países pobres.
O preço pago pelo povo nas contas de energia elétrica já é gigantesco, e com as bandeiras vermelhas, que indicam a falta de investimentos pelo governo no setor, as coisas vão piorar ainda mais. Um dos resultados dessa política são os chamados apagões, registrados cada vez em maior número nas cidades brasileiras.
Esse tipo de crise é a marca da política de gente como Fernando Henrique Cardoso (PSDB/SP), que, durante sua presidência realizou cortes nos investimentos do Estado e que levou o sistema elétrico ao colapso em 2001, marco do início dos apagões.
A bandeira vermelha na cobrança significa que houve necessidade de recorrer à utilização de usinas termoelétricas, que usam óleo diesel na produção, e portanto a produção fica mais cara, e todo o custo é repassado ao trabalhador.
Conforme a matéria, esse novo percentual (16,7%) de aumento seria imediato. E também ocasionará aumento de custo em toda cadeia produtiva, das indústrias até a entrega do serviço. Em um total de R$ 460 bilhões por 30 anos, conforme cálculo efetuado pelo Coletivo Nacional de Eletricitários.
Nesta terça-feira esse mesmo Coletivo divulgou uma nota de repúdio, rechaçando a medida provisória da privatização. Dizem que é outra tentativa do governo, e que todas as anteriores fracassaram, e esta, também, precisa ser derrotada.
Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal já disseram que vão dar a devida urgência à matéria. E Bolsonaro diz que a agenda de privatização segue a todo vapor.
Os trabalhadores do ramo, os eletricitários dizem que a Eletrobras fornece energia bem mais barata que os preços praticados pelo mercado. O preço do MWH (Megawatt-hora) da Eletrobras sai entre R$40 e R$60 reais, enquanto que no mercado privado cobram de R$200 a R$800 reais.
Ainda dizem que o meio ambiente também poderá sofrer com a privatização. O sistema conta com 47 barragens e algumas são muito antigas. E se ocorrer falta de manutenção poderemos assistir outras tragédias como em Brumadinho e Mariana, ambas em Minas Gerais (MG), onde a falta de manutenção levou a um desastre ambiental e a destruição de vidas humanas.
A empresa é lucrativa, e nos últimos três anos apresentou superávit de 30 bilhões. Nos últimos 20 anos entregou mais de 20 bilhões ao governo em dividendos. É uma empresa com baixo endividamento e forte fluxo de caixa, portanto capaz de investir na geração e transmissão de energia, de acordo com a necessidade do país.
Contra a privatização e aumento no preço da eletricidade, os eletricitários devem se mobilizar para impedir a privatização da empresa e lutar pelo controle operário da Eletrobras, em uma luta conjunta com a derrubada dos golpistas, especialmente de Jair Bolsonaro, eleito por uma fraude gigantesca, justamente para levar adiante a entrega do patrimônio nacional para o imperialismo.