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Consequências da proibição do aborto: norte-irlandesas sofrem traumas e são obrigadas a sair do país para abortar

Ativistas da Irlanda do Norte denunciam as consequências da proibição do aborto em um dos países com a legislação mais restritiva sobre o assunto. Dawn Purvis é ex-deputada e ex-diretora do serviço de aconselhamento sobre gravidez Marie Stopes em Belfast ela afirma que a proibição do aborto está deixando as mulheres traumatizadas.

A Irlanda do Norte proibi o aborto mesmo em caso de estupro e incesto, teoricamente só permitindo quando há risco para a vida da mãe ou sério risco para saúde física ou mental. Entretanto, essa legislação vem sendo responsável pelo aumento da dor e do sofrimentos das mulheres irlandesas do norte.

Purvis, de 52 anos, revela que os serviços de aconselhamento de gravide aumentam no meses de janeiro e fevereiro em decorrência do aumento de estupros na época do natal. Esse feriado aumenta o índice de violência doméstica e combina o aumento do consumo de bebidas alcoólicas com maior convívio familiar e pressões financeiras. Ainda segundo ela, a violência sexual também aumenta o que leva muitas mulheres e buscarem o aborto.

“Elas não estavam fazendo sexo consensual – diz. – Elas estavam sendo estupradas e agredidas por parceiros abusivos no Natal. É horrendo. Um dos casos que se destacou para mim foi de uma mulher que tinha a marca de uma bota no rosto, onde o parceiro a pisou. Ela escapou no dia seguinte ao Boxing Day (26 de dezembro, dia em que os britânicos tradicionalmente fazem a troca de presentes do Natal) porque um vizinho ouviu seus gritos.”

“Mas seis ou sete semanas depois ela se viu grávida e sem condições de viajar – lembra Purvis. – Ela não tinha nenhum tipo de identidade, passaporte ou carteira de motorista. Para os parceiros abusivos, é tudo uma questão de poder e controle. Eles não querem que você tenha qualquer tipo de controle sobre sua vida de forma que possa ir embora. Mas eles (as autoridades irlandesas) olharam para a jovem mulher e disseram que não podiam ajudá-la.”

As estatísticas oficiais revelam que 12 mulheres realizaram aborto na Irlanda do Norte no ano passado. Porém, a Anistia Internacional afirma que 900 mulheres viajaram para Inglaterra ou País de Gales no mesmo período em busca do procedimento. Além disso, a Anistia pede um afrouxamento nas formas de acesso ao aborto.

“Ir para outro país em busca de um aborto se você foi estuprada é, claro, traumático – avalia. – Você acabou de passar por algo muito traumático e a viagem continua, pois é infeliz e ridículo o que essas mulheres têm que fazer. Precisamos acabar com as sanções criminais sobre algo que efetivamente é uma questão de saúde pública.”

A proibição e restrição do aborto é uma política reacionária e de ataque brutal as mulheres. O triste exemplo da Irlanda do Norte deve servir de alerta na luta por um direito inalienável das mulheres. O aborto é um direito democrático e sua proibição destrói e marca a vida inteira das mulheres.

As mulheres devem se organizar para exigir esse direito. É preciso acabar com toda a rede de esterilização e com as clínicas clandestinas de aborto, que são extremamente nocivas com as mulheres, sendo incontáveis os óbitos ocorridos em decorrência de procedimentos mal sucedidos. A mulher tem que decidir sobre o seu corpo e a rede pública tem que oferecer gratuitamente e em condições dignas a cirurgia para a mulher abortar se ela quiser.

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