O artigo publicado em 11 de abril de 2015 pelo Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, deixa clara a política adotada pelo imperialismo a partir da década de 1970. Mesmo com a revolução burguesa, não houve sequer a igualdade jurídica da mulher em relação ao homem. Pode-se dizer, inclusive, que a exploração da mulher ainda permanece com as características pré-capitalistas.
Nesse sentido, a luta da mulher não se opõe à luta da classe operária; pelo contrário, é a partir das particularidades da luta das mulheres que se pode destruir a opressão que existe há tempos imemoriais. Foi assim que, a partir da crise capitalista da década de 1970, surgiram vários movimentos feministas que se diziam “apartidários” e que tinham como objetivo conquistar um conjunto de direitos dentro da sociedade capitalista, mas mantendo essa sociedade ainda em funcionamento. Este tipo de posição, muito comum hoje na esquerda, demonstra a total falta de rumo e consequentemente, atraso desses setores. Não é possível acabar com o jugo sobre a mulher mantendo o sistema capitalista vigente. Apenas com a destruição do sistema capitalista, extinção do Estado burguês e a ditadura do proletariado, as mulheres conseguirão uma real igualdade de direitos.
De uma forma ou de outra, todas as mulheres são oprimidas na sociedade capitalista, independentemente da posição social que elas ocupam. E esse tipo de concepção é particularmente estranho a outro extremo da esquerda. Alguns setores afirmam que a luta da mulher é a mesma que a luta da classe operária; segundo esses setores, deve-se subordinar a luta das mulheres à luta da classe operária em seu conjunto.
Tão nociva quanto a posição anterior, esse tipo de posição revela uma abstração em relação a posição da mulher atualmente. Como já foi dito, a revolução burguesa não implantou a opressão a mulher. Essa opressão existe muito antes da ascensão da burguesia como classe dominante. O que aconteceu é que a burguesia moldou essa opressão e, por meio da sua ideologia, busca manter a dominação sobre as mulheres.
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