O movimento estudantil, em sua toda a trajetória de luta se deparou com aquelas organizações que geralmente estão a frente dos grandes órgãos de representação dos estudantes, e é fato que as mesmas tentam dar o tom político que desejam para o movimento logicamente.
Além disso, também enfrenta o maior problema que é o de travar a luta política além do calendário acadêmico; quando não se discute a situação política no sentido do cenário nacional as lutas ficam setorizadas e levam a confusões políticas dentro de um movimento que tem grande importância na disputa política.
O congresso da União Nacional dos Estudantes (CONUNE) que está marcado para as próximas semanas, reflete que não está sendo colocado o devido peso político que deveria ser colocado em uma atividade desse tipo. Chamar uma atividade dessa magnitude em meio ao recesso demonstra uma completa sabotagem à atividade que deve ter um grande impacto e principalmente encaminhar a luta política dos estudantes para um rumo mais combativo.
De fato, isso deixa clara a manobra política feita pelas direções como da União da Juventude Socialista (UJS) que visam direcionar a luta do movimento estudantil para o caráter unicamente acadêmico e identitário e assim dificultando a luta política.
O momento que está colocado é de completo acirramento contra a política impetrada pelos golpistas, os estudantes estão inclinados a luta e com medidas mais incisivas, é uma clara sabotagem quando se coloca uma atividade como essas em um momento de recessão.