Neste sábado (29), em Portland, nos Estados Unidos, um elemento pertencente às organizações racistas, que são ligadas ao presidente Donald Trump, terminou morto em confronto armado com as forças de resistência antirracistas. Os conflitos entre estas forças, que se opõem frontalmente, se tornarão cada vez mais abertos no próximo período, devido à crise do regime que é muito grande, e inevitavelmente resultarão numa grande guerra civil, que deve não somente se estender por todo país como também para além de suas fronteiras.
No último dia 25 de maio, em Mineápolis, a morte de George Floyd, homem negro estrangulado violentamente com joelho de um policial sobre seu pescoço, fez eclodir manifestações no mundo todo, onde centenas de milhares de pessoas pediram o das máquinas assassinas do capitalismo. A cidade do estado de Minnesota ficou literalmente em chamas, a revolta da população fez com que carros e prédios da polícia fossem queimados. A radicalização das massas populares dissolveu a corporação fascista daquela cidade.
Neste momento, novas mobilizações estão ocorrendo devido mais uma ação criminosa da polícia. No último dia 23 de agosto, em Kinosha, cidade do estado de Wisconsin, Jacob Blake, outro homem negro, foi monstruosamente alvejado com sete tiros pelas costas diante dos seus três filhos. No terceiro dia de mobilizações seguidas (26), um jovem de 17 anos, integrante de grupo supremacista branco e de identidade não divulgada, disparou tiros de fuzil contra manifestantes, que realizavam um protesto pacífico, deixando duas pessoas mortas e uma gravemente ferida. O elemento da extrema direita passou diante dos policiais presentes andando tranquilamente e só foi detido no estado de Illinois.
É importante compreender que o crescimento das mobilizações é produto, não somente destes últimos crimes cometidos pela polícia, mas uma consequência do acumulo das experiências históricas da opressão do estado capitalista contra o povo negro. Os confrontos armados entre grupos fascistas e militantes antirracistas também corresponde a evolução da luta do povo negro contra a extrema-direita e contra o regime capitalista. Na medida em que a crise capitalista se aprofunda cada vez mais, os confrontos de grupos racistas e antirracistas também se intensificam.
Tanto os grupos de supremacistas brancos quanto as organizações de resistência do povo negro, como os Panteras Negras, se preparam para uma guerra no próximo período, a qual que deve tomar um caráter de guerra civil atingindo todo Estados Unidos podendo se estender para outros países do mundo. É preciso uma orientação política adequada para que o povo negro, em aliança com a classe operária, seja vitorioso na luta contra a extrema-direita e contra o estado capitalista que os oprime.