Da redação – Após a invasão norte-americana em 2001, responsável por promover um massacre generalizado no Afeganistão, em um conflito que pendurou por anos, a relação entre o Talibã, grupo que tinham o controle político do país, e os EUA se aprofundaram consideravelmente.
Com isto, todos os anos posteriores foram de conflitos na região, envolvendo ambos os grupos. Contudo, neste último mês de fevereiro, o Talibã e o governo dos EUA anunciaram um acordo de paz, que resultaria na saída de tropas imperialistas do país e a soltura dos presos políticos.
Porém, logo após o acordo firmado, outra grande questão que envolvia a interferência dos Estados Unidos não foi resolvida: o governo afegão.
Para o Talibã, os conflitos não irão acabar até que de fato todos os presos de guerra sejam soltos, isso inclusive aqueles aprisionados pelo governo do Afeganistão, aliado dos Estados Unidos.
A permanência do conflito deve-se ao fato de que mesmo com o anuncio da saída de tropas imperialistas o governo local ainda está a serviço destas tropas. Por isso, para o Talibã, grupo que antes da guerra controlava a política afegã, um simples acordo de paz de nada trás em retornos fundamentais a população do país.
Sendo assim, com a continuação dos ataques, os talibãs mataram 24 membros da polícia e do exército afegão, de acordo com o governo local. O grupo ainda não assumiu a autoria, porém pelos eventos anteriores tudo indica que este é mais um exemplo da continuidade da crise com o imperialismo no país.