Mais um prego que faltava para fechar o caixão. A mais nova prova de que o golpe de Estado de 2016 foi articulado pelos norte-americanos dessa vez veio de dentro. As informações vem do ex-embaixador dos EUA no Brasil Thomas Shannon, que atuou entre 2010 e 2013.
Shannon deu estas declarações a jornalistas de diversos órgãos de imprensa, como a revista Época e o jornal Miami Herald. Nelas, o ex-embaixador deixa claro que a potência imperialista acompanhava de perto a política da América do Sul, com atenção especial às relações entre o Brasil e a Venezuela.
Shannon destaca que os EUA observavam também o problema do petróleo, temendo que o Brasil implementasse uma política nacionalista para esta questão estratégica fundamental, assim como nossos vizinhos venezuelanos. Fica evidente aí a importância do pré-sal, muito cobiçado pelas petrolíferas internacionais e norte-americanas.
O ex-embaixador afirmou ainda que as obras da Odebrecht no porto de Mariel em Cuba foram um sinal de alerta. A partir daí, o imperialismo percebeu que era a hora de colocar o Brasil no seu devido lugar, uma vez que a obra foi feita pela Odebrecht com financiamento do BNDES. Esta articulação feita pelo governo do PT almejava emplacar o nosso país como um protagonista no cenário internacional, para usar uma expressão da moda.
Fica ainda mais claro que o golpe de Estado, assim como a sua ponta de lança, a operação Lava Jato, foi criado de fora do Brasil fundamentalmente pelo imperialismo norte-americano, entre outros motivos por que a política dos governos do PT contrariavam em certa medida os interesses do imperialismo. Agora, o cinismo é tão grande que além das denúncias de Gleen e do Intercept, até os próprios representantes dos EUA admitem a conspiração publicamente.