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Política anti-povo

Confinamento e o mundo particular da classe média de esquerda

O isolamento é para quem pode, uma polêmica com Mauro Iasi

A esquerda pequeno-burguesa entrou de cabeça na política da direita de quarentena e confinamento como a única forma de conter o avanço da pandemia do vírus corona. Essa esquerda abandonou qualquer perspectiva de luta, de aprsentar um programa claro para a crise, e mais ainda, de propor uma maneira de colocar em prática tal programa.

A única política real que se pode ver na maioria dos setores da esquerda hoje é a cópia do que os governos da direita vêm implemantando que é a defesa do “fique em casa”. Isso mostra a falência da esquerda diante de uma crise de tamanha proporção e que irá custar a vida de milhões de trabalhadores no Brasil e no mundo.

O dirigente do PCB, Mauro Iasi, ex-candidato à presidência da República, publicou um artigo para o sítio da editora Boitempo que revela exatamente a mentalidade da esquerda diante da crise. “Quando entrar setembro” é o nome da coluna do dirigente do PCB na qual ele explica qual a melhor forma de passar os dias de reclusão coma quarentena.

Ele apresenta um ponto de vista positivo para quem pode ficar em casa, no isolamento: buscar “abrigo em livros, canções, filmes e material relevante nas redes sociais (…). Podemos aproveitar este momento dramático para redescobrir certas coisas essenciais que temos relegado.” Até podemos ficar ligeiramente comovidos pela coluna desse representante da esquerda brasileira, mas é preciso fazer algumas considerações políticas não extamente sobre o conteúdo do texto em si mas sobre a concepção da esquerda diante da crise.

A coluna de Iasi revela o que está no fundo da política da maioria da esquerda pequeno-burguesa. Ela defende com unhas e dentes a política de quarentena justamente por fazer parte da parcela da população que pode. Pode ficar em casa por semanas, com alimentos estocados, lendo livros e – tirando o medo vindo da pandemia – até descansando um pouco da vida corrida.

Esta esquerda é composta por pessoas de classe média. No fundo, ela não tem nenhuma relação com o povo e aclasse operária que não pode se contentar com o isolamento. Por isso, a maioria da esquerda não está procupada em chamar o povo a se mobilizar por um programa que diga respeito às suas necessidades.

A filosofia geral é: vamos para casa, fazer quarentena, obedecer a política da burguesia e seus governos, se esconder, e esquecer daqueles que moram nas favelas, nos bairros de periferia, daqueles que estão sendo obrigados a trabalhar nos supermercados, nos transportes, nos Correios, nas entregas etc.

Mauro Iasi nos prestou um serviço. Revelou a mentalidade da esquerda de classe média. A conclusão de seu texto prova que o mais importante é defender o estilo de vida da classe média: “Pra mim, – diz ele – o que me agradaria uma vez passada esta crise, é que nossas casas fossem novamente habitadas por seres humanos que reaprenderam a valorizar o que realmente é importante.” Que bom que Mauro Iasi pode viver como um “ser humano”, a maioria do povo não tem essa opção.

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