O PCO realizou neste final de semana as convenções municipais ocorridas em cada localidade do estado onde o partido lançará candidaturas para defender o seu programa político, em defesa de um governo operário, voltado aos interesses da classe trabalhadora. Novas conferências e convenções ocorrem neste domingo (13), em dezenas de capitais e cidades do País afora, onde o Partido tem um quadro militante, demonstrando acima de tudo, a força da política que será difundida, aproveitando-se o momento eleitoral.
Dado o caráter do momento atravessado pela esquerda, que permanece em refluxo diante da política golpista, a denúncia da conjuntura adversa caberá a estes candidatos, que deverão expor a completa falência do regime político brasileiro, explicitado pela situação de total barbárie vivida no Rio de Janeiro, onde sem nenhuma preocupação com as aparências, o embate entre os setores centristas da direita e o bolsonarismo revela de maneira muito clara que a única lei vigente no Brasil, é a lei do mais forte.
Ao que tudo indica, a ausência de qualquer formalismo será ignorada pelos candidatos da esquerda, que de maneira inconsequente, já deu incontáveis sinais de que aceitará o fato de vivermos sob as mais antidemocráticas eleições já realizadas no País desde o período da Ditadura Militar (1964-1985).
A esquerda tende a esconder o fato de estarmos sob um regime golpista, condutor de uma política que oficialmente, já matou mais de 130 mil brasileiros pela peste do Covid-19 e de maneira criminosa, ameaça reabrir as escolas, mesmo com a pandemia em total descontrole no Brasil, operação que vem sendo desenvolvida em conjunto com os setores da direita ditos “científicos”, “civilizado”, entre outros eufemismos utilizados pela ala mais direitista da esquerda.
A situação como um todo coloca ainda mais responsabilidade sob as candidaturas do Partido, que certamente enfrentarão as reações tradicionais dos inimigos da classe operária quando desmascarados mas devem levar adiante a luta contra o cinismo da burguesia e o oportunismo da esquerda pequeno-burguesa, lembrar que as eleições por si não mudam nada no panorama político e que só a luta organizada dos trabalhadores, estudantes e demais setores das vanguardas populares pode alterar a correlação de forças que nos trouxe até um presidente como Bolsonaro e governadores como Doria, Caiado, Ibaneis, Eduardo Leite entre outros.
A defesa de um programa único, em defesa da mobilização popular, pela candidatura de Lula e por “Fora Bolsonaro” deve ser o diferencial político que irá separar as candidaturas operárias das candidaturas pequeno-burguesas e burguesas.