No próximo final de semana, 13 e 14 de outubro, o Partido da Causa Operária realizará sua 29ª Conferência Nacional – Fernando Fagundes -,em São Paulo, para fazer um balanço do desempenho da campanha do PCO no primeiro turno das eleições e para discutir e definir a política do Partido na segunda etapa do pleito.
Ao contrário da quase totalidade dos partidos, cujas decisões são adotadas de acordo exclusivamente por decisões das cúpulas partidárias, o PCO vai reunir delegados e militantes de todos os Estados onde está organizado (cerca de 20), para adotar um decisão coletiva, debatida democraticamente, com base no programa partidário aprovado em seus congressos e na experiência e análise marxista dos acontecimentos, da luta de classes.
O golpe se aprofunda e é preciso um posicionamento firme para dar o combate acertado contra ele. O PCO define sua política coletivamente, com ampla diversidade interna de opiniões e debate aprofundado. Estabelecidos os eixos políticos, o Partido tem unidade na ação externa, própria do centralismo democrático. A Conferência Nacional é um momento de discussão aberta Partido, que envia de todo o Brasil um delegado para cada três militantes plenos, os quais podem sugerir ainda a participação de convidados e observadores. Na semana seguinte, serão convocadas plenárias regionais e estaduais de modo a discutir as definições nacionais e organizar as atividades localmente.
Em sua última conferência, em 18 e 19 de agosto, o PCO referendou o apoio incondicional à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva para as eleições, firmando as palavras de ordem Lula ou nada e Eleição sem Lula é fraude, após intenso debate partidário, resoluções da direção nacional, de encontros regionais etc. Até hoje o Partido mantém sua linha política em torno do eixo central da luta contra o golpe, recusando-se a capitular diante da demagogia eleitoral que até aqui varreu amplos setores da esquerda, levando-a a uma derrota acachapante nas urnas manipuladas ao gosto dos golpistas.
Além da prisão de Lula, o fundamento dessas eleições, surgem mais e mais indícios claros de fraude. Mais de 3,5 milhões de títulos de eleitor foram cancelados, diversas candidaturas de esquerda – inclusive as do PCO – foram impugnadas, a esquerda seguiu sendo criminalizada, a imprensa promoveu um feroz ataque ao PT e, por fim, o bolsonarismo e movimentos direitistas afins foram fortemente inflados nos resultados das votações – em franco desalinhamento com as próprias pesquisas de opinião contratadas pelos golpistas até na véspera da eleição.
A linha política do PCO na luta contra o golpe sempre é traçada de modo a produzir a maior mobilização popular possível. Quais os caminhos a seguir diante do crescimento eleitoral da extrema direita e diante da franca capitulação do PT até aqui? Esses e outros temas serão abordados em nossos debates. Companheiros, venham construir a política de nosso Partido!