No dia 23 de maio, quinta-feira, os motoristas e cobradores entrarão em greve. A categoria reivindica um reajuste no salário: um aumento de 4,94% referente à inflação do período somado com um aumento real de 3%, vale-refeição de R$27,00, e R$2.000,00 de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) proporcionais aos meses trabalhados no período compreendido entre 18 de maio de 2018 a 30 de abril de 2019, seguro obrigatório para acidentes provocados por terceiros e garantia dos empregos dos cobradores, já que a nova licitação acaba com essa função.
O sindicato patronal SPUrbanuss tinha apresentado somente 4,18% de reajuste salarial o qual está abaixo da inflação e um aumento de apenas R$ 0,80 no vale-refeição, intervalo de almoço de uma hora sem remuneração e sem PLR.
Ocorre que as empresas vencedoras da nova licitação para o transporte público são as mesmas de sempre, ou seja, desde 2003 elas estão lucrando com seus ônibus e permanecerão por mais 20 anos. Para piorar, essas empresas só venceram porque não há concorrência no processo licitatório, ou seja, o município aceita a proposta imposta pela empresa já que inexiste outra empresa com proposta de preço mais competitivo. Não há, então, possibilidade de se alegar que não há dinheiro, uma vez que o lucro auferido pelas empresas na de transporte na gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) é superior àquela definida pela auditoria em 2014. Além disso, para favorecer ainda mais essas empresas, o prefeito direitista Bruno Covas reduziu a integração de ônibus do Bilhete Único Vale-Transporte e aumentou seu valor para R$ 4,57.
Disso, pode-se ver que o prefeito da direita golpista, Bruno Covas, age para favorecer os patrões das empresas encarregadas do transporte público, deixando os empresários com cada vez mais lucros e os motoristas, cobradores e trabalhadores da manutenção dos veículos com salários cada vez menores e comidos pela inflação.
Esse ataque aos ganhos dos trabalhadores não ocorre somente com essa categoria, senão em todo os lugares do Brasil. Nesse sentido, o governo ilegítimo do Bolsonaro reflete essa política a nível nacional, roubando trabalhador sua aposentar, vendendo os Correios, a Petrobrás e os aeroportos para grandes empresários estrangeiros. Essa é a política da direita golpista, agradar os patrões e dar migalhas aos trabalhadores.
Contra o ataque do governo ilegítimo do Bolsonaro e da direita golpista, é necessário unificar a luta dos trabalhadores na luta de seus direitos que estão sendo cada vez mais roubados pelos políticos golpistas. Se no dia 15 de maio a população mostrou nas ruas o cenário favorável para mobilizar contra os ataques do governo aos trabalhadores e à juventude, é preciso mobilizar pela Greve Geral no dia 14 de junho pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas. Nesse sentido, a greve dos trabalhadores dos transportes públicos da cidade de São Paulo no dia 23 de maio contra a direita golpista será fundamental para a preparação da Greve Geral do dia 14 de junho.