Trabalhadores da empresa de transportes coletivos Goretti Irmãos Ltda (GIL), da cidade de Juiz de Fora, município do estado de Minas gerais paralisaram suas atividades na última sexta-feira (30) devido ao não pagamento de salários, vale refeição entre outros benefícios.
Os patrões tornaram as condições de vida dos trabalhadores, durante a pandemia do coronavírus, numa verdadeira situação de desespero e incertezas quanto a cumprir com suas contas de aluguel, pagamentos de contas d’água, luz, da compra de alimentação para suas famílias, pois esses operários nunca sabem quando e se irão receber seus salários e muito menos se poderão se alimentar, devido ao atraso da entrega do vale refeição.
Essa situação caótica vem ocorrendo desde março e a prefeitura da cidade, do prefeito Antônio Almas, do golpista PSDB, da mesma forma que a empresa de codinome GIL, vem fazendo os trabalhadores de verdadeiros palhaços deixando os condutores e seus familiares, constantemente sem ter o que se alimentar.
Todos os acordos foram frustrados devido ao não cumprimento por parte dos patrões e, uma dessas decisões ocorreu em agosto, quando de uma hora para outra os donos da Goretti Irmãos Ltda resolveram cortar o salário pela metade e retirar a cesta básica sem qualquer consentimento dos rodoviários. Desta forma, em 18 de agosto houve nova paralisação, no entanto, a “justiça” sempre impunha o cumprimento de que 30% da frota estivessem circulando, o que os trabalhadores passaram por cima da decisão e a paralisação foi de perto do total da frota.
Para tentar disfarçar o efeito da paralisação que vem ocorrendo devido às greves terem se tornado corriqueiro, por conta dos patrões caloteiros e o receio dos operários tomarem outras atitudes que não seja somente a greve, e as negociações que são, todas, indistintamente, passadas por cima das decisões, conforme o Diário do Transporte de 10 de outubro “o prefeito Antônio Almas resolveu transferir as linhas de transportes públicos da GIL para o Transporte Urbano São Miguel Ltda (Tusmil)”. A situação dos rodoviários, no entanto continuam a mesma, ou seja, não foi resolvido até agora a situação dos salários atrasados, da cesta básica, vale refeição, etc..
O transporte não é mercadoria e não deve ser tratado como tal, no entanto, todas as empresas de transporte coletivo estão nas mãos de algum capitalista para se aproveitar dos passageiros que são obrigados a pagar, e muito caro por algo que deveria ser gratuito, por isso deve voltar ao poder do estado.
Se a empresa GIL não está pagando os salários, que o estado arque com os salários e demais benefícios dos trabalhadores, estatização imediata da empresa GIL e das demais que circulam pelo município e, caso os patrões continuem com essa política de fazer dos trabalhadores como escravos, ocupar imediatamente as instalações das empresas.