Nesta segunda-feira (07) o frigorífico do Sul, localizado na cidade de Passo do Sobrado, no estado do Rio Grande do Sul, que sofreu investigação no segundo semestre e culminou com sua interdição pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), terá de pagar R$ 150.000,00 por manter suas instalações em péssimas condições de trabalho.
A total irresponsabilidade quanto ao tratamento de seus funcionários, no que se refere à saúde e condições de trabalho, era tão flagrante que os fiscais do Ministério Público do Trabalho (MPT) do Rio Grande do Sul conseguiram identificar 57 acidentes e adoecimentos dos funcionários sem a devida emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
Além da situação de penúria que os patrões do frigorífico impunham aos trabalhadores, o que fez com que ocasionasse a paralisação de praticamente todas as atividades da produção, foram interditadas 15 máquinas e 11 setores.
Conforme o Ministério Público, os patrões terão que promover alterações que abrangem aspectos de ergonomia, segurança de máquinas e equipamentos, além da reformulação de programas preventivos.
No dia 30 de setembro, o Frigorífico do Sul firmou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) em que se compromete a regularizar aspectos de saúde e segurança do trabalho em sua estrutura física, porém como se sabe, os patrões são os que mais dão calote.
Recentemente, uma investigação realizada entre outros grupos, com uma organização não governamental (ONG) denunciando que o grupo JBS/Friboi devia 25 milhões de multa, mas nunca pagou, constatou que é a prática constante dos patrões incluindo os dos frigoríficos.
O valor se refere à multa por danos morais coletivos, tendo, ainda, a empresa denunciada 00assumido a obrigação de emitir todas as Comunicações de Acidente de Trabalho (CATs) referentes a acidentes ocorridos na empresa… (Folha do Mate – 07-10-2019).