Condenação de Haddad: Mais um passo na perseguição ao PT

A justiça eleitoral através do promotor Luiz Henrique Dal Poz, condenou o ex-candidato à presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em 2018, há 4 anos e seis meses de prisão pelo crime de falsidade ideológica.

A condenação se deu através de uma denúncia de uma suposta negociação e pagamento a uma gráfica de material de campanha eleitoral em torno de R$ 3 milhões com o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, e depois repactuados para R$ 2,6 milhões. Para condenar Fernando Haddad, a justiça se baseou na delação também do doleiro Alberto Youssef. Segundo o promotor golpista, Haddad “deixou de contabilizar valores, bem como se utilizou de notas inidôneas para justificar despesas”.

Haddad, por sua vez, responde colocando questões elementares do processo, como o simples fato de que o juiz reconheceu que as evidências não corroboram as delações, e que ele foi condenado por crime diferente daquele que ele foi acusado, o que teria de levar a nulidade do processo, mas levando em conta que este é o judiciário que prendeu Lula, não há nenhuma garantia de que isso vá acontecer.

Fica evidente que essa condenação é a continuação da perseguição política contra o Partido dos Trabalhadores e contra Fernando Haddad. Mesmo com a fraude das eleições em 2018 que levou Bolsonaro a presidência da República, a direita não vai cessar com a perseguição política ao PT e a esquerda em geral.

O cenário econômico de crise e a política colocada em prática pela direita não vai permitir que a burguesia permitir minimamente uma situação democrática, nem que candidatos da esquerda tenham a mínima chance de vencer, caso haja eleições e que estejam controladas pela direita. Ou seja, o Brasil caminha para uma ditadura aberta contra os trabalhadores e suas organizações.

A burguesia e o imperialismo viram que não dá para haver eleições, pois suas medidas amplamente rejeitadas pela classe trabalhadora poderão trazer de volta governos de esquerda e nacionalistas. Um bom exemplo é o das eleições argentinas, onde a política de terra arrasada do governo da direita e pró-imperialista está possibilitando a volta de um governo de esquerda, mesmo que extremamente moderado.

Um bom exemplo foi as eleições de 2018, onde após derrubarem o governo do PT de Dilma Roussef em 2016, a possibilidade da volta de Lula mobilizou toda a burguesia e a direita para prender Lula, evitar que aparecesse na campanha eleitoral e minar a tentativa de Haddad ganhar as eleições.

Por isso, não é possível desgastar o governo e esperar até 2022 para tirar Bolsonaro da presidência, pois a burguesia e o imperialismo não vão aceitar a volta de um governo de esquerda, nacionalista ou de algum representante dos trabalhadores. A única maneira de reverter esse quadro é mobilizando a população e os trabalhadores para derrubar a direita do poder, e não nas eleições, mas nas ruas através de manifestações, ocupações e greves.

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