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É preciso derrubar a direita

Conciliação no Chile e na Bolívia é o caminho para a derrota

Proporção e persistência das mobilizações populares nos dois países colocam as condições para derrubar o governo de Piñera e para derrotar o golpe na Bolívia

Esta semana a esquerda nacionalista burguesa demonstrou em dois eventos fundamentais sua absoluta limitação política. Na Bolívia, o MAS resolveu reconhecer o governo de Jeanine Áñez, justamente a golpista ilegítima que assumiu o governo quando Evo Morales e toda a linha sucessória à presidência renunciaram. O reconhecimento veio com o fato de que parlamentares do MAS aceitaram votar o primeiro trâmite para que novas eleições sejam convocadas junto com os parlamentares golpistas da direita. No Chile, a Frente Ampla entrou em um acordo com Sebastián Piñera para a convocação de uma constituinte fajuta, que a direita pretende usar para engambelar a população.

 

A repressão da direita

Tanto no Chile quanto na Bolívia, a população está nas ruas se enfrentando com as forças de repressão comandadas pela direita, incluindo, além da polícia, o uso do próprio exército. No Chile já são 24 mortos confirmados até agora, incluindo gente sequestrada e torturada que apareceu morta em lugares públicos. Mais de 200 pessoas ficaram cegas de um olho, porque a polícia chilena está mirando para acertar no rosto suas balas de borracha.

Na Bolívia, os mortos já passam de 40. Só no massacre de Sakata, em El Alto, nove manifestantes foram assassinados pelas forças de repressão dos golpistas de direita. No dia seguinte, o protesto que carregava os caixões das vítimas também foi reprimido em La Paz.

 

População não se intimida

Apesar da brutal repressão da direita, as massas não estão deixando as ruas e continuam enfrentando a polícia. Contra o governo de direita no Chile, ou contra o golpe na Bolívia, as populações desses dois países, em um fenômeno que vem se repetindo por toda a América Latina, não aceita mais a política neoliberal. Os chilenos conhecem melhor do que ninguém os efeitos devastadores dessa política, depois de décadas sob o domínio dessa política. A Bolívia se revoltou contra políticas neoliberais na crise que levou Evo Morales ao poder em 2005, e não quer retroceder até aquele ponto. Por tudo isso, mesmo diante da violência da direita a população não arreda o pé das ruas.

 

Política das direções confunde

As mobilizações na Bolívia e no Chile têm características revolucionárias e têm o potencial de derrubar o governo chileno e derrotar o golpe boliviano. O problema é que a política do MAS e da Frente Ampla confunde o panorama político e arrisca levar essas mobilizações a um refluxo. Na Bolívia, o MAS apresenta uma política muito confusa e indefinida, ora Evo Morales renuncia, ora diz que a renúncia não valeu. A votação junto com a direita no Senado, reconhecendo as instituições sob um golpe de Estado, ajuda a desmoralizar as mobilizações, que se dão justamente em apoio a Evo Morales e ao MAS.

 

Fora Piñera! Abaixo o golpe!

O que caracteriza essas políticas desorganizadoras do MAS e da Frente Ampla é a busca por uma conciliação com a direita. Os direitistas estão implodindo os regimes políticos para reerguê-los sobre novas bases, de modo que o regime político se torne muito mais repressivo e ditatorial. Diante desse objetivo, buscar a conciliação com a direita só ajuda a direita em sua tentativa de estabelecer uma ditadura. Com as fortes mobilizações nas ruas, a esquerda deveria colocar para as massas a proposta de derrubar o governo do Chile e de destruir o golpe na Bolívia, tirando os golpistas do poder. As condições estão dadas para fazê-lo, e caso a direita derrote as mobilizações, o resultado pode ser uma ditadura feroz.

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