Nesta semana celebram-se 75 anos da chegada do Exército Vermelho soviético no campo de concentração de Auschwitz. Entretanto, com o passar do tempo, a propaganda capitalista procurou dar outro tom a este acontecimento.
Em 2015, por exemplo, o presidente russo Vladimir Putin não foi sequer convidado para participar das festividades organizadas na Polônia. Procura-se alimentar uma versão na qual o exército soviético também tinha interesses de invadir a região, tudo para desmoralizar a luta de um povo que lutava pela autonomia em relação ao imperialismo e implicava num perigo à dominação capitalista.
Mesmo entre os poloneses, há quem acredite que foram os exércitos norte-americanos que liberaram os prisioneiros de Auschwitz. Filmes sobre a segunda guerra normalmente disseminam esta versão.
Na verdade, após o Exército Vermelho libertar os territórios russos da invasão alemã, as tropas se moveram para Oeste, para interromper novos avanços. Os exércitos “aliados” já havia sofrido muitas baixas e o próprio presidente Winston Churchill pediu a Stalin que avançasse em direção à Polônia.