Terminou ontem (27) o curso “Fascismo: o que é, e como combatê-lo”, ministrado por Rui Costa Pimenta na 43ª Universidade de Férias do PCO. Nele, os militantes e simpatizantes do Partido aprenderam a história dos movimentos fascistas na Itália, Alemanha, França, Inglaterra, Brasil etc.
O mais importante de estudar esses fenômenos é adquirir um conhecimento que permita entender suas características e sua essência para fazer uma analogia entre eles e com a ascensão de movimentos fascistas e de extrema-direita no século XXI.
Leon Trotski, que foi quem melhor analisou o fascismo nas décadas de 1920 e 1930, resumiu esse fenômeno: ele é uma arma da burguesia para esmagar a organização dos trabalhadores. Enquanto a ditadura tradicional destrói a democracia burguesa (acaba com o parlamento, a liberdade de expressão etc.), a ditadura fascista suprime também as instituições da democracia operária (sindicatos, partidos de esquerda, coletivos de trabalhadores etc.).
A burguesia faz uso e promove grupos fascistas para atacar manifestações de esquerda e locais de concentração da esquerda. No Brasil, isso tem ficado muito claro desde 2013.
Coincidentemente, no último dia de palestras sobre o fascismo da Universidade, no sábado (26), houve uma tentativa de manifestação de um grupo fascista ligado ao MBL, em frente ao Consulado de Cuba em São Paulo.
Militantes do PCO, junto a duas centenas de ativistas de esquerda (como os do MST), se reuniram no mesmo local para proteger o Consulado e impedir os ataques fascistas. Percebendo a aglomeração esquerdista, a maioria dos fascistas resolveu encerrar a manifestação antes mesmo de começar, restando apenas alguns cubanos truculentos (certamente, com algum vínculo com agências norte-americanas) protegidos pela polícia.
Os manifestantes de esquerda, particularmente os do PCO, simplesmente expulsaram os fascistas do local, na base da força, que é a única linguagem entendida pela extrema-direita. Mesmo protegidos pela polícia (que estava com armas letais, não de balas de borracha), os fascistas foram expulsos e saíram em debandada.
Foi aplicada, na prática, a principal lição do curso do PCO. Antes que o fascismo cresça de maneira que chegue ao poder e suprima a democracia operária, os operários devem se organizar para enfrentá-lo e esmagá-lo. Em todo lugar onde a besta fascista levante a cabeça, é preciso que os trabalhadores e a esquerda se mobilizem e cortem sua cabeça.